A Cia de Ballet Dalal Achcar apresenta o espetáculo "Floresta Amazônica" , no Theatro da Paz
O Theatro da Paz recebe, nos dias 5 e 6 de agosto, a Cia de Ballet Dalal Achcar, com
a montagem “A Floresta do Amazônica”, de Dalal Achcar, um dos maiores nomes do
balé nacional, que revolucionou a história da dança no Brasil. O espetáculo é
apresentado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de incentivo à
Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução, com produção
da Aventura e conta com a parceria e apoio do Governo do Pará, por meio da
Secretaria de Estado de Cultura e Theatro da Paz.
O espetáculo "A Floresta do Amazônica" foi inspirado na sinfonia homônima escrita
pelo renomado compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos em 1958. Essa obra musical
icônica retrata de forma única a exuberância da Amazônia. O projeto, celebra não
apenas a grandiosidade da região, mas também faz alusão aos 64 anos de
falecimento de Villa-Lobos, um talentoso compositor, instrumentista e regente.
O ballet contará com bailarinos e solistas, entre paraenses selecionados de audições,
trazendo à cena a essência da brasilidade. Através dessa performance, busca-se
reforçar o sentimento de pertencimento nacional e prestar reverência ao legado
musical de Heitor Villa-Lobos.

De acordo com Daniel Araujo, diretor do Theatro da Paz, a parceria entre o Governo
do Estado do Pará, a Secretaria de Estado de Cultura e o Theatro da Paz com a
prestigiada companhia de balé Dalal Achcar para a realização do espetáculo "Floresta
Amazônica", embalado pela composição homônima de Villa-Lobos, é de fundamental
importância no cenário cultural e artístico da região.
“Essa colaboração representa um marco na promoção da arte local e nacional,
proporcionando uma plataforma para os talentos paraenses brilharem nos palcos de
sua própria terra. As audições realizadas nos dias 15 e 16 de junho, que resultaram na
seleção de 25 bailarinos e bailarinas para integrar o elenco, reforçam o compromisso
com a valorização dos artistas regionais e a preservação da identidade cultural
amazônica. Além disso, ao trazer para o centro das atenções a majestosa Floresta
Amazônica por meio da dança e da música, esse espetáculo é capaz de sensibilizar e
conscientizar o público sobre a importância da preservação desse patrimônio natural
tão valioso para toda a humanidade. A união entre as instituições governamentais e a
renomada companhia de balé demonstra a capacidade de colaboração para enaltecer
a cultura local, estimular a economia criativa e enriquecer a vida cultural da população
paraense”, ressaltou Daniel Araujo.

A primeira versão da obra, criada pela coreógrafa Dalal Achcar em 1975, estreou no
palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com os bailarinos da Associação de
Ballet do Rio de Janeiro, tendo como protagonistas David Wall e a grande primeira-
bailarina do Royal Ballet, Dame Margot Fonteyn. Agora, quarenta e oito anos depois
de sua estreia, “Floresta Amazônica” abre a temporada no Theatro da Paz e se
apresenta em Belém.
A montagem tem concepção, coreografia e mise en scène de Dalal Achcar – que
trabalhou movimentos diferentes e inesperados dentro do universo do ballet clássico e
inseriu ginástica natural e acrobacia – com cenários de Hélio Eichbauer, figurino de
Jose Varona e Dalal Achcar e iluminação de Maneco Quinderé, somos transportados
para dentro do coração da floresta.

“FALA DA DONA DALAL SOBRE A CONCEPÇÃO DO ESPETÁCULO E SUA VINDA
À BELÉM DO PARÁ”
Enredo
"Floresta Amazônica" é um balé em dois atos, conta a história do romance entre um
homem branco e uma deusa indígena da floresta, que, por amor ao estrangeiro,
transforma-se em mulher. A paixão entre eles é vista pelos índios como profana.
Entretanto, é este amor que salvará a floresta da destruição causada por exploradores
que invadem a aldeia em busca de plantas e aves raras.
A música de Heitor Villa-Lobos
Villa-Lobos foi inspirado por sua experiência pessoal na Região Amazônica, onde
viveu por um período durante sua juventude. De acordo com sua biografia, ele ficou
fascinado pelo ambiente exótico, a rica fauna e flora, e a cultura indígena que
permeava a floresta. Essa admiração profunda levou o compositor a compor "A
Floresta do Amazonas", uma sinfonia que retrata a exuberância e a energia vital da
maior floresta tropical do mundo.
A peça é dividida em várias partes, cada uma com uma atmosfera única e evocativa.
Ela começa com uma seção chamada "Introdução", que apresenta um tema
majestoso, como uma preparação para a imersão nessa vasta floresta. Em seguida,
vem a "Série dos Pássaros", uma seção na qual Villa-Lobos utiliza instrumentos de
percussão para imitar os diversos cantos e sons dos animais da Amazônia. Essa parte
é considerada uma das mais impressionantes da obra, pois transmite a sensação de
estar cercado pelos sons da natureza.
Outras seções notáveis incluem "Festa no Sertão", um momento festivo com
referências à cultura popular brasileira, e "Danças", que combina elementos folclóricos
com a música clássica, criando um movimento animado e ritmicamente empolgante. A
peça culmina com um final grandioso e triunfante, encerrando a jornada musical pela
Floresta Amazônica.
"A Floresta do Amazonas" é uma obra única que destaca a capacidade de Villa-Lobos
de fundir elementos da música erudita ocidental com os ritmos e melodias da música
popular e folclórica brasileira. Ela representa uma busca em trazer a natureza e a
cultura brasileira para as salas de concerto, uma das marcas distintivas do estilo
composicional de Villa-Lobos.
A música de Villa-Lobos, e em particular "A Floresta do Amazonas", foi fundamental
para consolidar o reconhecimento e a importância da música brasileira no cenário
internacional. A obra é considerada um ponto alto de seu legado, retratando a riqueza
e a diversidade do Brasil e da Amazônia de maneira vívida e emocionante.
HEITOR VILLA-LOBOS
Compositor (1887-1959)
Compositor, instrumentista, regente e professor brasileiro, começou a tocar violoncelo
profissionalmente aos doze anos de idade. Preferia os grupos musicais populares do
Rio de Janeiro ao estudo acadêmico. Viajou muito pelo Brasil antes de firmar-se como
compositor, adotando em sua música a linguagem do modernismo europeu, ao lado de
elementos folclóricos brasileiros. Estadas em Paris (1923-30) consolidaram sua
posição como maior figura musical brasileira. Dedicou-se durante 15 anos a
revolucionar a educação musical no Brasil de acordo com as tendências políticas da
época.
Foi extraordinariamente produtivo, inaugurando uma linguagem viva e folclórica,
representadas pelas “9 Bachianas Brasileiras” (1930-45), uma síntese da música
europeia e brasileira, “Uirapuru”, poema sinfônico, “Valsa da Dor”, tema para piano,
série dos “Quartetos de Cordas” além de uma série de “12 Choros” e o célebre
“Trenzinho Caipira”. Duas das principais músicas de Villa-Lobos, as suítes “O
Descobrimento do Brasil” e “Floresta Amazônica”, foram escritas originalmente para o
cinema.
DALAL ACHCAR
(Coreógrafa)
Bailarina, professora e coreógrafa, Dalal nasceu no Rio de Janeiro. Iniciou seus
estudos de balé com Pierre Klimov e teve grande influência artística de Madame Maria
Makarova. Aprimorou seus conhecimentos em Paris, Nova York e Londres.
Dalal Achcar tornou-se, por suas diversas atividades e seu trabalho dinâmico, a mais
importante educadora de dança do Brasil. Como coreógrafa, sua carreira inclui balés
apresentados em vários centros internacionais como Los Angeles, São Francisco,
Nova York, Hamburgo, Stuttgart, Tóquio, Havana e Santiago.
À frente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de seu Corpo de Balé,
Dalal estabeleceu a tradição de apresentar produções de alta qualidade técnica e
artística, como os Festivais de Inverno, O Quebra Nozes, Coppélia, Giselle, D.
Quixote, Floresta Amazônica entre outros tantos, além de ser responsável pela vinda
de importantes companhias de dança do mundo, como o Royal Ballet de Londres e o
Ballet da Ópera de Paris, formando um público de centenas de milhares de pessoas
que regularmente comparecem aos espetáculos.
Dalal criou várias coreografias premiadas entre as quais O Quebra Nozes
(considerado pela crítica internacional uma das melhores montagens desse ballet).
Don Quixote, Abelardo e Heloisa e Something Special apresentada em vários centros
culturais internacionais.
Apaixonada pela dança e pela questão da educação, Dalal sempre viu Brasil como um
país com imensa capacidade para se tornar um expoente mundial.
CIA DE BALLET DALAL ACHCAR
A Cia de Ballet Dalal Achcar baseia sua trajetória em mais de 50 anos de história
ligada a dança de sua fundadora a diretora e coreografa Dalal Achcar, começando em
2001 quando ela criou a Cia Jovem de Ballet do Rio de Janeiro, dando oportunidade à
jovens talentos de ingressar no mercado de trabalho nacional e internacional.
A Cia Jovem tornou-se a semente que, muito bem plantada, cresceu, deu frutos,
sendo um deles o projeto A Dança como Poder de Transformação onde a Cia de Ballet
Dalal Achcar está trabalhando lado a lado com os jovens talentos do projeto social.
A Cia BDA é formada por 20 bailarinos profissionais das mais variadas origens que
trazem em sua bagagem amor pela dança e muitas histórias para compartilhar e
dançar.
No trabalho de sua companhia Dalal une a técnica e arte com personalidade, emoção
e identidade, acreditando que todo processo na humanidade passa pelo afeto.
Afeto em sua forma ampla infiltrando, despertando e levando as pessoas a aventurar-
se nessa grande viagem que é a fruição.
O repertorio é trabalhado de forma universal com Clássicos e Contemporâneos,
criados por renomados coreógrafos nacionais e internacionais, sem esquecer do
trabalho experimental que traz o futuro, o novo.
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas
ampliarem sua visão de mundo e criarem perspectivas de futuro. Tem um importante
papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a
cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país,
ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos
anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de
24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios,
patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade
e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural
Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura,
a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
O Instituto Cultural Vale no Pará
Desde a sua criação, o Instituto Cultural Vale busca valorizar, cada vez mais, os
saberes e fazeres do Pará. De lá para cá, ampliou em mais de 205% sua atuação em
projetos patrocinados, autorais e colaborativos pelo fortalecimento da cadeia produtiva
da economia regional. Hoje, são 49 projetos culturais patrocinados com recursos da
Lei Federal de Incentivo à Cultura e que acontecem ao longo de 2023 no estado,
incluindo a Bienal das Amazônias, a itinerância das exposições Tomie Ohtake
Dançante, Brasil Futuro e Imagens que não se conformam, dentre outras iniciativas
culturais de destaque.
O Instituto mantém a Casa da Cultura de Canaã dos Carajás, um de seus quatro
espaços culturais, com identidade e vocação única, visitação gratuita, e o Vale Música
Belém, parte de uma rede colaborativa de ensino e aprendizagem entre crianças e
jovens com as principais orquestras do país.
Aventura
Fundada em 2008, e liderada por Aniela Jordan, diretora artistica e produção e geral, e
por Luiz Calainho, diretor de marketing e negócios, a Aventura é referência na
produção de espetáculos de altíssima qualidade, que tornou o mercado de teatro
musical um dos principais segmentos da economia criativa no Brasil. A empresa se
estabeleceu como uma grande aliada da multiplicidade artística, fundamental para o
desenvolvimento social, econômico e cultural. A sua missão é transformar grandes
ideias em realidade, criando fortes conexões entre marcas e projetos. São mais de
40 produções, de espetáculos inéditos e de versões da Broadway, como “Elis, a
musical”, “A Noviça Rebelde”, “Sete”, “O Mágico de Oz”, “SamBRA”, “Chacrinha, o
musical”, “Romeu & Julieta, ao som de Marisa Monte”, “Merlin e Arthur, um sonho
de
liberdade” e o infantil “Zaquim”. Em 2022, a produtora inovou com o primeiro musical
em formato de série do país, o “Vozes Negras – A Força do Canto Feminino”, e com
o musical “Seu Neyla”, apresentado em dois palcos com o uso da internet para criar
uma experiência diferenciada no espectador, além de estrear uma parceria com a
Disney - Pixar com o espetáculo “Pixar in Concert”. Com o objetivo de democratizar
o acesso à cultura, criou a Cia Stone de Teatro, projeto de teatro itinerante no
interior do Brasil e é a responsável pela produção da Cia de Ballet Dallal Achcar. Ao
todo, foram mais de 3,8 mil apresentações e cerca de 4,5 milhões de espectadores,
números que não param de crescer.
SERVIÇO:
A apresentação do Balé “A Floresta do Amazônica”, de Dalal Achcar, acontece nos
dias 05 e 06 de agosto em duas sessões, às 20h e às 18h respectivamente no Theatro
da Paz. Os ingressos são gratuitos e disponibilizados no dia do evento, a partir das 9h
da manhã de cada dia de sessão, na bilheteria do TP e pelo site
www.ticketfacil.com.br. Duas unidades por pessoa e criança a partir de 03 anos de
idade também paga.