Amazônia Jazz Band faz última apresentação do ano nesta quinta(22), em Belém
Amazônia Jazz Band encerra temporada 2022 com Madrigal na abertura e Banda Warilou
“Uma noite da música paraense com linguagem do Jazz”. Assim, Eduardo Lima, maestro titular
da Amazônia Jazz Band (AJB), define a apresentação de encerramento da temporada 2022 da
nossa big band, que acontece nesta quinta-feira (22), às 20h no palco do Theatro da Paz, em
Belém. O coral Madrigal da Universidade do Estado do Pará (UEPA) fará a abertura do show e
um dos ícones da música dançante paraense, a banda Warilou, que fez enorme sucesso na
década de 90 e continua brilhando até hoje é a convidada da Amazônia Jazz Band para brindar
o ano novo com os hits que embalaram e emocionaram uma geração. A iniciativa é do
Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Theatro da Paz e
Academia Paraense de Música (APM).

Regido pela professora e doutora da Universidade do Estado do Pará, Ana Maria Souza, o
Madrigal é um projeto de extensão da UEPA, capitaneado pela PROEX (Pró-reitoria de
Extensão), composto por 20 alunos madrigalistas do curso de música da UEPA e existe desde
2001. Para o concerto que abrirá a apresentação da AJB, foram selecionadas sete músicas de
um repertório bem popular que englobam músicas regionais como brega, cúmbia, merengue,
alguns sambas, além de duas músicas natalinas.
Para o maestro Eduardo Lima, essa apresentação do Madrigal vai abrilhantar a noite. “Somos
muito gratos ao Governo do Pará, à UEPA e à professora Ana Maria pelo Madrigal. É um
projeto de extensão de muito respeito e técnica. Estamos muito felizes”, disse o maestro.
O Projeto Sons de Liberdade do Governo do Estado do Pará, criado por meio de parceria entre
as Secretarias de Estado da Cultura (SECULT), a Secretaria de Administração Penitenciária
(SEAP) e realizado pelo Theatro da Paz, também estará presente no concerto de encerramento
da temporada 2022 da Amazônia Jazz Band.

As oficinas de visagismo, cenografia e produção de figurinos e moda que foram executadas por
profissionais vinculados ao Theatro da Paz, objetivando gerar conhecimento específico aos
custodiados e custodiadas, serviram de base para a confecção do figurino que vai abrilhantar a
apresentação do Madrigal.
Vinte e três mulheres que compõem a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina
Empreendedora (Coostafe), primeira Cooperativa do Brasil formada por Custodiadas do Centro
de Reeducação Feminino de Ananindeua (CRF), produziram as batas que serão utilizadas pelos
22 coralistas do Madrigal, que abrirão o concerto da AJB.

AJB e Warilou
Lambada, zouk, merengue, guitarrada, carimbó. A música dançante da Amazônia, com
influências do Caribe, sempre entusiasmou o Warilou que leva sucessos como ‘Warilou’,
‘Negrita Linda’, ‘Tudo isso é amor’, ‘Deliciar’ e ‘Luz do Mundo’ para os palcos do Theatro Paz.
A história do Warilou começou há 32 anos, no início dos anos 1990, quando Manoel Cordeiro
formou uma banda de estúdio, que gravava para vários artistas, tendo até hoje João Batista
Marçal (Joba), Suelene de Oliveira e Nicinha Vicari como vocalistas. A harmonia das vozes
determinou a longevidade do trio.
Na época, Manoel Cordeiro era o principal produtor de Beto Barbosa que estourava a lambada
nacionalmente. Naquele mesmo ano foram convidados pela gravadora Continental – a maior
gravadora brasileira da América Latina na época – para lançarem um disco. A partir daquele
momento se formava a Banda Warilou com composições de Ronery, vocais de Joba, Nicinha e
Suelene, além de uma base sólida de músicos experientes que contava com Evandro Barata, na
guitarra; Neca Borges, no contrabaixo; Junior Batatinha, na bateria e percussão e o próprio
Manoel Cordeiro, nos teclados.
O nome “Warilou” era uma espécie de gíria interna da banda, para descrever algo que fosse
“muito legal” e “alto astral”. Tinha vários sentidos, de acordo com o tom da conversa. Poderia
ser tanto uma saudação, quanto uma brincadeira e é utilizado pela banda como um sinônimo
para a alegria.
Encerrando a temporada de 2022 da AJB e saudando o ano novo que se inicia, a banda
convidada Warilou vai executar junto à nossa big band um repertório que passeia entre o
romântico e o dançante e que promete contagiar o público. “Eu sou suspeito para falar da
banda Warilou, pois sou um grande fã desta banda maravilhosa que é a cara do Pará. Os
arranjos ficaram lindos, todos feitos pelo nosso guitarrista Kim Freitas, que inclusive já
participou da banda”, continuou o maestro Eduardo Lima. “Estamos preparando esse show
com muito carinho para que ele seja realmente um presente para o público que nos
acompanhou ao longo do ano, com os maiores sucessos do Warilou. Será uma composição de
ritmo, alegria e muita energia para fechar em grande estilo o ano de 2022. Eu tenho certeza de
que esse show vai marcar a memória de todo que vierem ao TP”.
Para o show, as músicas do Warilou receberam um tratamento jazzístico, através da mudança
de timbres, com sonoridades e articulações usadas no jazz que podem ser empregadas em
qualquer estilo com a AJB. Para Nicinha, este convite é muito especial e emocionante.
“Estamos muito felizes com o carinho e o respeito que a Amazônia Jazz Band teve com a banda
Warilou. É um reconhecimento do nosso trabalho, já que a Jazz Band vai interpretar as nossas
músicas para fazer um show de Warilou. Quanta honra para nós essa atitude? Tudo que um
artista almeja é esse reconhecimento e o respeito e tivemos isso do Governo do Pará, da
Secult, do Theatro da Paz e dos nossos colegas da AJB. Estamos muito gratos”, disse Nicinha.
Uma apresentação que encerra o ano de 2022, com muita alegria, técnica e uma energia
vibrante para esperar 2023 que promete ser um ano de muitas novidades. “Em 2023 a AJB terá
muitos convidados especiais, shows temáticos e um repertório inédito para o nosso
maravilhoso público. Aguardem!”, garantiu o maestro.
Amazônia Jazz Band
A Amazônia Jazz Band – AJB foi formada, em 1994, com elementos remanescentes da extinta
Big Band, grupo artístico da Fundação Carlos Gomes, até assumir um caráter profissional ao ser
encampada pela Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult), em 1996.
O primeiro band leader da AJB foi o gaúcho Andi Pereira, substituído pelo americano Barry
Ford em 1999. Em 2005, o percussionista paulista Ricardo Aquino passou a responder pela
regência. No ano de 2012, o pianista, arranjador e regente Dr. Nelson Neves assumiu o grupo.
A partir de 2021 o Saxofonista Eduardo Lima, que já atuava desde o início do grupo como
saxofonista barítono, assumiu a batuta da Amazônia Jazz Band.
A qualidade técnica conquistada ao longo do tempo, aliada a versatilidade do repertório e a
grande receptividade do público paraense, são características que marcam a trajetória da AJB.
O repertório vem se renovando e diversificando constantemente. Cobre, atualmente, não só
os clássicos norte-americanos escritos para essa formação, como as contribuições
contemporâneas regionais, nacionais e internacionais. Nos programas da AJB compositores
como I. Stravinsky, D. Schostakovich, dividem espaço, por exemplo, com os paraenses Wilson
Fonseca e Waldemar Henrique. Alguns dos mais significativos compositores brasileiros da
atualidade escreveram peças especialmente para o grupo, assim como compositores e
arranjadores locais.
A AJB já representou o talento do músico paraense fora do Estado, exibindo-se como
convidada em Recife, João Pessoa e Natal. Participou em várias edições do Festival
Internacional de Música do Pará, do Festival Internacional de Londrina – PR e do Festival
Eleazar de Carvalho, em Fortaleza – CE. Esteve também na décima segunda edição da Bienal
de Música Contemporânea Brasileira, no Rio de Janeiro – RJ e no VI Encontro de Compositores
Latino-Americanos, em Porto Alegre – RS. Representou o Brasil no XXVI Festival Internacional
da La Cultura Tunia, em Bogotá – Colômbia. Gravou para a série “Pará Instrumental”, da
Secult-Pa, em 1996 e em 2005 fez o registro fonográfico do espetáculo “Comemorando 100
anos de Waldemar Henrique”.
Entre os solistas acompanhados pela AJB estão o saxofonista americano Paul Harr, os multi-
instrumentistas Nailor Proveta e Roberto Sion, o trombonista Radegundis Feitosa, o sanfoneiro
Felipe Costta (pernambucano) o pianista Jorge Luiz Prats (Cuba), os paraenses Nelson Neves,
Paulo Levy (saxofone), Paulo José Campos de Melo e Luiza Camargo (piano), Salomão Habib
(violão) Nego Nelson (violão) e outros. Pinduca, Lidia Ronecy, Lanna Bastos, Gigi Furtado,
Simone Almeida, Jane Duboc, Andréa Pinheiro, Lucinnha Bastos, Juliana Sinimbú, Nilson
Chaves, Walter Bandeira e Adriane Queiroz são algumas das vozes paraenses que já se
apresentaram com a AJB. Em julho de 2016, a Amazônia Jazz Band gravou no Theatro da Paz,
com Jane Duboc, um DVD primoroso, que foi lançado em maio de 2017. Além da bela e
afinadíssima voz de Jane Duboc, o DVD conta com a participação especial do multi-
instrumentista Nailor Proveta. Em 2019 se apresentou no Teatro Liceu da Música no
município de Bragança. Em 2021 realizou duas apresentações no município de
Santarém, uma no festival TapaJazz e outra no círio de nossa Senhora da Conceição.
Eduardo Lima
Eduardo Lima, paraense, define a música como sua vida. Neto de trompetista, a música
sempre esteve presente em seu lar. Aos 11 anos de idade, seus pais, percebendo o interesse
pela música, convidaram um saxofonista para mostrar ao filho o quão fascinante era aquele
instrumento musical. Ali começou sua história com a música. Logo iniciou os estudos no
saxofone com os professores Paulo Levy e Jesus Martins. Posteriormente, ingressou na ‘Banda
Jovem’ do Conservatório Carlos Gomes, ali aprimorando a prática musical em grupo.
Em 2001 tornou-se Bacharel em Educação Artística - Habilitação em Música, pela Universidade
do Estado do Pará. Por 12 anos foi Regente Titular da Banda de Música da Guarda Municipal
de Belém, tendo exercido, também, a função de professor substituto de saxofone na Escola de
Música da Universidade Federal do Pará, realizando à docência na educação básica e
profissional, além da participação em projeto de interiorização ministrando Cursos Técnicos de
Instrumentista de Orquestra e de Instrumentista de Banda em Municípios paraenses.
Integra a Amazônia Jazz Band (AJB) como saxofonista e flautista há 24 anos, tendo também
exercido nos últimos 5 anos a função de Maestro-Auxiliar da AJB.
Ao longo dos 28 anos de carreira gravou CD solo intitulado ‘Sopros da Amazônia’, trazendo ao
cenário da música instrumental diversos clássicos da música popular paraense, além de
participação em shows e gravação de CD’s e DVD’s de diversos artistas.
Programa
WARILOU
Ronery, Joba, Nicinha, Suelene, Barata, Manoel Cordeiro, Júnior Baratinho & Neca
(Arr. Kim Freitas)
O BRASIL DA LAMBADA
Edilson Moreno & Luiz Nascimento
(Arr. Kim Freitas)
DEIXA VIBRAR
Ronery & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
TE QUERO
Ronery & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
NEGRITA LINDA (VOLARE)
Ronery & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
TUDO ISSO É AMOR
Ditão & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
TE AMO, TE QUERO
Ronery & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
TEMPORAL
Darmos Beloti
(Arr. Kim Freitas)
DELICIAR
Ronery & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
LUZ DO MUNDO
Ronery & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
FEITIÇO
Ronery & Manoel Cordeiro
(Arr. Kim Freitas)
Serviço:
O concerto da Amazônia Jazz Band, acontece nesta quinta-feira (22), às 20h, no Theatro da
Paz. Os ingressos serão disponibilizados no dia do evento, a partir das 9h, na bilheteria do TP e
custarão R$2,00 (dois reais), duas unidades por pessoa/CPF e pelo site www.ticketfacil.com.br.