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Amazônia Motirô une música, dança econsciência ambiental em criação inédita


Montado especialmente para a COP 30, “Amazônia Motirô” será apresentado

no Theatro da Paz, no dia 19 de novembro, em duas sessões, às 18h e 20h30.

Realização da Cia de Dança Ana Unger, com apoio cultural do Banpará e

Governo do Estado. Os ingressos já estão disponíveis pela Ticket Fácil.

O espetáculo reúne 40 bailarinos e a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz,

convidados como o percussionista Kleber Benigno (Trio Manari), a soprano

Juliana Bravo e a indígena Ayra Ananda, além da trilha original de Thiago

D’Albuquerque. 


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Com cenários virtuais de Roberta Carvalho e figurinos criados por Jacque

Carvalho com materiais reciclados e adereços adquiridos de comunidades

indígenas, a montagem é uma experiência sensorial que celebra a Amazônia.

O termo motirô, de origem tupi, significa mutirão, e serve de metáfora para o

processo coletivo que deu origem à montagem. A obra nasce do diálogo entre

criadores de diferentes linguagens, unidos por um mesmo propósito: pensar a

Amazônia e o planeta através da arte. 

O espetáculo propõe um mergulho na floresta, onde o som dos rios, o canto

dos pássaros e o ritmo do carimbó encontram ressonância em orquestrações

sinfônicas e gestos coreográficos.

Para o compositor Thiago D’Albuquerque, a inspiração veio da urgência de

falar sobre o cuidado com o meio ambiente. “A gente quer provocar uma

reflexão sobre os lixos jogados nos rios, mares e lagos. Precisamos fazer esse

mutirão para limpar, mas também para conscientizar as pessoas a não sujarem

a natureza”, explica.

Thiago, que já trabalhou com Ana Unger em criações anteriores, entre elas

Paraíso Verde e Árvores que Tocam, constrói em Amazônia Motirô uma trilha

que mistura sons naturais da floresta, cantos indígenas e a cadência

contagiante do carimbó, compondo uma paisagem sonora que dialoga com as

raízes amazônicas.

“Quero deixar um legado de músicas que valorizem a Amazônia, nossa

sonoridade e nossa floresta. Essa obra cabe perfeitamente nesse propósito”,

completa o compositor.

A trilha, segundo ele, é uma experiência imersiva que aproxima o público da

natureza. “Desde o som dos pássaros até o ritmo singado do carimbó, a plateia

vai sentir a floresta de perto, guiada pela música e pela força da orquestra.”


Para o maestro Miguel Campos Neto, a criação de obras contemporâneas é

parte essencial da missão de um artista. 

“A minha atuação teria uma lacuna se eu trabalhasse apenas com os grandes

mestres do passado. É fundamental descobrir, criar e trabalhar com os

compositores e coreógrafos do presente. Todas as obras consagradas já foram

contemporâneas e nós estamos criando os clássicos do futuro”, reflete.

Miguel ressalta o processo de integração entre as linguagens como elemento-

chave da montagem. 

“O segredo está na união entre os artistas. Coreógrafa, bailarinas, compositor,

orquestrador e regente precisam dialogar e criar juntos. A música existe em

função da dança, e a dança existe por causa da música. Nenhum desses

elementos se sustenta sozinho.”

Trabalhos de excelência artística

A parceria entre Campos Neto e Ana Unger vem de longa data. Eles já se

encontraram em produções de balés clássicos, como Lago dos Cisnes, Copélia

e O Corsário, mas também em obras autorais, como Maiandeua, em que o

maestro assina parte da trilha. A admiração mútua se reflete no resultado.

“A Ana é um expoente da dança no Pará, um nome de referência. Ela coloca

no palco produções de altíssimo nível, sejam clássicas ou contemporâneas. O

que ela realiza aqui é de uma qualidade que se equipara a grandes

companhias do país”, elogia.

Ana Unger conduz sua companhia de dança em uma investigação estética que

une tradição e contemporaneidade, emoção e reflexão. Em Amazônia Motirô, a

coreógrafa amplia seu repertório autoral e propõe um diálogo direto com o

público sobre a responsabilidade coletiva diante da crise ambiental.

O espetáculo celebra a força da colaboração. É resultado de um verdadeiro

mutirão artístico, entre músicos, bailarinos, técnicos e criadores que

compartilham um mesmo ideal: transformar a arte em ferramenta de

sensibilização e esperança.


Ana Unger: o corpo em movimento numa Belém úmida e plural

Em Belém, o corpo da cidade pulsa em ritmo de chuva, tambor e resistência; e

poucos artistas traduzem isso com tanta entrega quanto Ana Unger.

Coreógrafa, bailarina e diretora da Cia. de Dança Ana Unger, ela tem na

Amazônia sua maior inspiração e no palco, o espaço de diálogo entre a técnica

do balé clássico e as raízes culturais da região.

Desde os primeiros passos, Ana dança entre mundos: a disciplina do ballet e a

espontaneidade dos ritmos populares. Criada entre o carimbó, o boi-bumbá e o

universo amazônico, ela já buscava por pertencimento e expressão através da

arte.

Sua companhia de dança nasceu do desejo de oferecer formação e palco

profissional a bailarinos da cidade e da região metropolitana. O grupo reúne


jovens de Belém, Barcarena e outras localidades, que encontram ali um espaço

de excelência técnica e liberdade criativa. No estúdio, Ana conduz ensaios

diários que misturam rigor e afeto, sempre movida pela convicção de que a arte

pode transformar realidades.

Ao longo das últimas décadas, a coreógrafa tem levado à cena espetáculos

que dialogam com o território e com a natureza amazônica. Obras como

Depois da Chuva e Dança Atropofágica criaram uma estética própria, em que o

movimento corporal se mistura a elementos simbólicos, a água, o vento, a

floresta, compondo uma poética visual e sonora.

A dança como forma de resistência

Entre as dificuldades de sustentar uma companhia independente e o esforço

constante para manter um espaço de ensaio e criação, Ana Unger segue

acreditando na potência do coletivo, no motirô. “A gente fala muito disso entre

nós, artistas”, diz. “Um mutirão pela arte, para que a gente se faça presente

nas nossas terras.”

Belém, com sua umidade, rios e memória, é a paisagem e o corpo dessa

trajetória. É dela que Ana Unger extrai a matéria-prima de seu trabalho, a

música das águas, o som dos tambores, a luz filtrada pela chuva e transforma

tudo isso em dança, num gesto que é ao mesmo tempo ancestral e

contemporâneo, amazônico e universal.

Em “Amazônia Motirô”, sua criação mais recente, Ana sintetiza esse percurso.

O espetáculo é uma convocação poética para repensar nossa relação com a

floresta, com os rios e com o outro. É a Amazônia cantada, dançada e sentida,

um convite para participar, em arte e atitude, de um mutirão pela vida.

Serviço

Espetáculo: Amazônia Motirô

Data: 19 de novembro de 2025 (quarta-feira)

Sessões: 18h e 20h30

Local: Theatro da Paz – Belém (PA)

Abertura do teatro: 1h antes de cada sessão

Duração: 1h

Ingressos: Ticket Fácil e bilheteria do teatro

Realização: da Cia de Dança Ana Unger

Apoio cultural do Banpará e Governo do Estado.

Ficha técnica

Amazônia Motirô - Ficha Técnica

Roteiro e Direção Geral

Ana Unger

Compositor

Thiago D’albuquerque

Participação Especial


Ostp

Kleber Benigno (Trio Manari)

Juliana Bravo (soprano)

Ayra Amana (artista indígena)

Direção Musical E Regência

Miguel Campos Neto 

Coreografia

Ana Unger

Jhonathan Costa 

Vídeo Mapping / Cenário Virtual

Roberta Carvalho

Fotografia

Marcos Hermes

Direção Criativa de Fotografia

Marcos Hermes

Silvia Quadros

Captação De Imagens e Videografia

Alan Kardec Guimarães

Mário Costa

Design de Figurino

Ana Luiza Gabbay

Jacque Carvalho

Confecção de Figurinos Reciclados

Edina Maria De Lima

Maria Do Socorro Andrade

Maria José Leite

Socorro Bricio

Carlota Santos Do Valle

Direção De Palco

Nandressa Nunes

Direção Técnica


Rosana Rosário

Assessoria De Imprensa

Luciana Medeiros

Elementos De Cena

José Ribamar Monteiro

Cenotécnicos

José Ribamar Monteiro

Raimundo Nonato Rodrigues

Maike Nascimento

Design De Luz

Rubens Vieira Almeida

Técnicos De Iluminação

Jorge Luiz Pantaleão

Márcio Gianne Dos Santos

Roberto Lennon

Sonorização

Sandim Produções

Midías

Giz Produções

Coordenação De Produção

Rita Ferradaes

Maquiagem

Omar Junior

Equipe de Produção

Iolanda Souza

Maria Da Penha Silva

Eliene Santiago

Alexandre Melo

Bailarinos

Noêmia Tavares

Yasmin Souza


Raynara Silva

Ananda Di Paula Meninéa

Vitória Joane Oliveira

Amanda Holanda

Bruna Moser

Daniela Fernanda Batista

Emanuelle Seabra

Emilly Macedo

Giulia Nascimento

Inês Alcântara

Keron Reis

Lucianny Oliveira

Victória Holanda

Victória Gurjão

Marcelo Almeida

Allan Araújo

Arthur Furtado

Carlos Eduardo Lima

Christian Petterson

Denis Luca Reis

Fabrício Modesto

Rincon Gaia

Ryan Christian Rodrigues

Hugo Bittencourt

Hiago Dos Santos

 
 
 

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