Belém sediará o Global Citizen Festival Amazônia com presença de Chris Martin, do Cold Play
- blognewschristian
- 30 de abr.
- 6 min de leitura
Hoje, durante a cúpula Global Citizen NOW em Nova York, a Global Citizen, a principal organização internacional de advocacy com a missão de acabar com a pobreza extrema, anunciou que o Global Citizen Festival: Amazônia acontecerá em 1º de novembro de 2025, com foco em amplificar as vozes dos povos indígenas e das comunidades locais da floresta amazônica.

A primeira edição do festival a ser realizada na América Latina, o Global Citizen Festival: Amazônia acontecerá no Estádio Olímpico do Pará, conhecido como Mangueirão, e impulsionará uma campanha para arrecadar US$ 1 bilhão para proteger, restaurar e regenerar a floresta amazônica, buscar compromissos por uma transição energética justa em escala global, e apoiar comunidades na linha de frente dos impactos climáticos. A própria Gaby Amarantos de Belém se juntará às estrelas brasileiras Anitta e Seu Jorge como headliners do Festival, e os palestrantes incluirão líderes indígenas locais, como o Cacique Raoni Metuktire, além de uma apresentação especial de Chris Martin, do Coldplay. Outros palestrantes e participantes serão anunciados nos próximos meses.

Os ingressos para o Global Citizen Festival: Amazônia são gratuitos para o público de Belém e do estado do Pará e podem ser conquistados ao realizar ações no app da Global Citizen, pelo site globalcitizenfestivalamazonia.com, ou enviando uma mensagem de texto para o número +55 (11) 4040-7099 para demandar ações contra o desmatamento, acelerar uma transição energética justa e apoiar as comunidades na linha de frente dos impactos climáticos. A elegibilidade será confirmada por meio de um processo de verificação de residência.

Para garantir um acesso justo aos ingressos pelos moradores do Pará, inclusive para pessoas sem smartphone ou acesso à internet, os ingressos para o Global Citizen Festival: Amazônia também estarão disponíveis para quem participar de ações voluntárias comunitárias em Belém e no Estado do Pará, como plantio de árvores, limpeza de margens de rios e outros projetos de serviço ambiental desenvolvidos em parceria com organizações locais sem fins lucrativos. O acesso aos ingressos para pessoas que vivem em áreas remotas e vulneráveis será viabilizado em parceria com organizações indígenas, associações comunitárias e lideranças locais em toda a Amazônia. Mais detalhes serão divulgados nos próximos meses.

Dando continuidade a anos de defesa e parceria com lideranças indígenas e comunidades locais que estão na linha de frente da proteção da Amazônia, a Global Citizen irá amplificar suas vozes e seus apelos urgentes para o mundo, no fim de semana que antecede a chegada dos líderes globais a Belém para a COP30.
Em reconhecimento à importância de preservar o meio ambiente natural no local do Festival, o Global Citizen Festival: Amazônia será um dos eventos de grande escala mais sustentáveis e de menor impacto já realizados na América do Sul. A Global Citizen está implementando iniciativas e parcerias inovadoras de sustentabilidade, com esforços significativos de mitigação nos aspectos de transporte, energia, produção e impacto comunitário. Mais detalhes sobre os planos de mitigação da Global Citizen serão divulgados nos próximos meses. Exemplos incluem:
Palco alimentado por bateria recarregável com energia solar: o sistema móvel e recarregável de baterias que abastece a turnê mundial Music Of The Spheres, do Coldplay, será usado pela primeira vez no Brail — onde não há atualmente sistema similar — para alimentar o palco principal com energia solar gerada diretamente no estádio Mangueirão.
Projeto legado de energia sustentável: o sistema de baterias permanecerá no Brasil e será disponibilizado para outros eventos até 2026, reduzindo o impacto energético de futuras produções.
Minimização e desvio de resíduos do evento: dando continuidade às práticas sustentáveis adotadas há mais de uma década no Global Citizen Festival em Nova York, o desperdício enviado a aterros será drasticamente reduzido por meio de embalagens compostáveis e, sempre que possível, materiais reutilizáveis e recicláveis. Alimentos excedentes serão doados localmente, e estações de água gratuitas estarão disponíveis por todo o local do evento.
Responsabilidade e mitigação de emissões por terceiros: supervisão de consultores independentes de sustentabilidade, incluindo a Hope Solutions e a Rock World, que desenvolverão uma estratégia exclusiva de redução de emissões e medirão todos os impactos, ajudando a mitigar a pegada ambiental do Festival. Os resultados serão divulgados publicamente após o evento.
Frete e transporte: o festival reduzirá a necessidade de viagens e transporte de cargas, utilizando equipes locais, minimizando a fabricação de novos elementos cenográficos e materiais de infraestrutura, e colaborando com fornecedores de transporte para monitorar e mitigar as emissões de carbono, apoiando projetos sustentáveis na Amazônia.
Diretrizes e treinamentos de sustentabilidade do evento: equipes locais brasileiras, parceiros e redes de produção serão capacitadas com boas práticas internacionais de sustentabilidade para eventos, por meio da criação de materiais bilíngues e treinamentos prévios e presenciais.
O Global Citizen Festival: Amazônia terá como foco amplificar as vozes dos povos indígenas e das comunidades locais da floresta amazônica. Este ano, cidadãos globais de todo o mundo se unirão para exigir ações urgentes para:

Acabar com o desmatamento
As florestas tropicais do mundo são os pulmões do nosso planeta — mas estão sendo levadas a um ponto sem retorno. Estamos fazendo campanha para que ao menos US$ 1 bilhão em novos investimentos de países da OCDE, filantropias, empresas e grandes instituições financeiras sejam destinados à proteção e restauração da Amazônia, apoiando mecanismos financeiros como o Fundo Amazônia e o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC), além de projetos liderados por indígenas e comunidades locais, organizados pelo parceiro de campanha Re:wild. Ao mesmo tempo, estamos convocando os países da Bacia Amazônica — incluindo o Brasil — a reconhecer e fortalecer os direitos territoriais dos povos indígenas, cuja atuação é essencial para a proteção desses ecossistemas vitais.
Além disso, empresas serão mobilizadas para assumir o compromisso de acabar com o desmatamento, investindo em projetos comunitários como a Equitable Earth Coalition, que direciona financiamento climático para ampliar iniciativas de conservação lideradas por comunidades indígenas e tradicionais, com foco na proteção das florestas, na preservação da biodiversidade e no fornecimento de recursos essenciais para comunidades da Amazônia.
Acelerar uma transição energética justa
Sem a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, as metas climáticas globais ficarão fora de alcance. Estamos defendendo que países — incluindo França e Alemanha, assim como a União Europeia, África do Sul, Nigéria e outros — apresentem planos climáticos nacionais ambiciosos, com cronogramas claros para a eliminação dos combustíveis fósseis e o compromisso com um futuro baseado em energia renovável.
Apoiar comunidades na linha de frente dos impactos climáticos
Acabar com a pobreza extrema exige que os maiores emissores do mundo apoiem aqueles que mais sofrem com a crise climática, enfrentando desde ondas de calor letais e elevação do nível do mar até quebras de safra e escassez de água. Estamos convocando os países de alta renda a assumirem compromissos financeiros ousados que ofereçam às comunidades do Sul Global — incluindo pequenos agricultores — as ferramentas necessárias para sobreviver e se adaptar. Também estamos pressionando os governos a responsabilizar indústrias poluidoras, implementando taxas justas e inovadoras em setores como aviação e combustíveis fósseis — ajudando a financiar os esforços que essas comunidades precisam para fortalecer sua resiliência.

Global Citizen Festival: Amazônia tem como parceiros de produção Live Nation e Rock World; parceiro organizador Re:wild; e parceiros de apoio Bezos Earth Fund, Open Society Foundations, Teneo e o Estado do Pará.
"À medida que avançamos rumo à COP30 em Belém, estar ao lado da Global Citizen no Brasil nos ajuda a dar visibilidade às nossas histórias, nossas lutas e nossas soluções", disse Cacique Raoni Metuktire. "Trabalhar lado a lado neste festival pode nos ajudar a mudar o rumo do planeta, mostrando que proteger a floresta e respeitar seus guardiões é o ca
"É uma alegria imensa fazer parte do Global Citizen Festival: Amazônia, que acontecerá na minha terra natal, Belém. Este evento é muito mais do que música; é um chamado global para proteger e valorizar a Amazônia, sua biodiversidade e seu povo," disse Gaby Amarantos. "Como artista da Amazônia, sinto tanto a responsabilidade quanto o orgulho de levar a voz da minha região para o mundo, mostrando como é urgente cuidar da nossa floresta, da nossa cultura e das nossas comunidades. A Amazônia é uma fonte de vida, resiliência e esperança. Participar desse movimento coletivo é um passo importante rumo ao futuro que queremos, onde desenvolvimento e preservação caminham juntos. Convido todos a se unirem nessa luta vital por justiça climática e respeito aos povos indígenas e tradicionais."
"Em nossas visitas à Amazônia e conversas com líderes indígenas e anciãos das comunidades, a Global Citizen ouviu seu chamado, e temos a honra de aceitar o convite para nos aliar às suas comunidades. Reconhecemos nossa responsabilidade de escutar, aprender, caminhar ao lado e amplificar — o mais alto possível — tanto as vozes quanto as necessidades urgentes das comunidades indígenas e locais," disse Michael Sheldrick, Chief Policy, Impact and Government Relations Officer da Global Citizen. "É exatamente isso que a campanha do Global Citizen Festival: Amazônia representa. Não estamos apenas focados em construir uma coalizão global para arrecadar US$ 1 bilhão pela preservação da floresta até novembro, mas também estamos dedicando nossa atuação, energia e plataformas para colocar no centro e amplificar esses poderosos chamados à ação, culminando em nosso palco no dia 1º de novembro — uma semana antes da reunião dos líderes mundiais na COP30 — para garantir que as vozes mais essenciais não sejam ignoradas."
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