top of page

Em turnê inédita em Belém, grupo Cabokaji, da Bahia, mistura rap, pop e cultura afroindígena

Entre a ancestralidade e o futurismo, a musicalidade indígena e negra ocupa Belém esta semana. O “CIRCUITO ARETÉ - Tempo de Festa” traz shows inéditos em programação gratuita nesta quinta-feira (24), às 20h, no Na Figueiredo, e dia 27, às 19h, no Espaço Cultural Apoena. Os ingressos estão disponíveis online.

O projeto traz a turnê do Cabokaji, vindo da Bahia. O grupo leva para a cena brasileira uma sonoridade única, com elementos do rap, música eletrônica, pop e da nova MPB em melodias que celebram as percussões afro indígenas. Os espetáculos contam com as participações dos artistas paraenses Flor de Mururé, músico trans da periferia da Amazônia; e Jeff Moraes, cantor e compositor afroamazônico. 



Em uma insurgência pelo reconhecimento das identidades brasileiras, o Circuito apresenta a cultura cabocla como forma de salvaguardar a memória dos povos originários. Criado em 2019 por Caboclo de Cobre, ISSA, Ejigbo e Mayale Pitanga, a banda Cabokaji é um manifesto que se inspira na sabedoria da floresta e nos caboclos, e celebra as raízes indígenas e afro-brasileiras presentes no Nordeste do Brasil.

A banda lançou o primeiro disco através do Natura Musical. Com participações do Cacique Idyarrury, Guerreiro Idyarony (ambos do Coletivo Wetçãmy, de Palmeiras dos índios/AL) e das artistas baianas Eloá Puri e Elaine Ramos, as apresentações integram a turnê do novo EP "Salvaguarda".

Com muitos termos em línguas originárias, as letras versam sobre o amor preto e tupi, espiritualidade, até os protestos sociais e políticos. Citam as vielas brasileiras e os caminhos das matas, falam de personagens das ruas e também dos personagens ancestrais, como os Orixás. 

Para o Cabokaji, é urgente que a juventude se conecte com sua racialidade mestiça, que traz consigo a cultura indígena e negra, para a construção de um aquilombamento contemporâneo. "A gente até entende que a palavra ‘resgate’ seja a primeira a vir na nossa cabeça quando se trata de cultura indígena e africana. Pra promover essa igualdade racial é necessário ter esse olhar cuidadoso e holístico com tudo que envolve a vida dos indígenas e das pessoas negras, não somente a representatividade na mídia", afirma Issa Malumba. 

Serviço:

Programação musical do “CIRCUITO ARETÉ - Tempo de Festa”: nesta quinta-feira (24), às 20h, o show será no Na Figueiredo; e dia 27, às 19h, no Espaço Cultural Apoena. A entrada é franca. Emita seu ingresso online: https://www.sympla.com.br/produtor/giroplanejamentocultural



Comments


bottom of page