Escritoras participam de oficina de escrita literária na Bienal das Amazônias
- blognewschristian
- 9 de set.
- 3 min de leitura
Para que serve a literatura? Para as escritoras Monique Malcher e Jeniffer Yara, a
literatura é a própria vida – “pulsa, é inerente ao ser humano”, afirma Jeniffer; é “o
gesto libertador de traduzir o absurdo e a beleza do mundo”, diz Monique. Com o
texto à flor da pele, as duas autoras participam nesta sexta-feira, 12 de setembro,
em Belém, da Oficina Terra Amazon-is, no Ateliê da Escrita da 2ª Bienal das
Amazônias. O encontro de prática de escrita literária a partir de temas descritos será
no Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), às 14 horas. Durante a
programação, Jeniffer Yara irá lançar o livro “Terra Amazon-is” e Monique Malcher
lançará “Degola”, seu primeiro romance.

Antropóloga, doutora em Ciências Humanas na área de estudos de gênero e artista
plástica nascida em Santarém, oeste do Pará, Monique Malcher hoje reside em São
Paulo. Seu primeiro livro, “Flor de gume” (editora Moinhos), ganhou o Prêmio Jabuti
de Literatura em 2021, na categoria contos. O romance de estreia, “Degola” (2025),
acaba de ser lançado pela Companhia das Letras.
Monique trabalha exclusivamente com literatura. Sua obra atravessa as
inquietações humanas. “Meu processo criativo começa sempre ouvindo meu
incômodo. Em seguida, vou para a pesquisa, conversar com as pessoas, fotografar,
desenhar. A observação e o silêncio são grandes ferramentas também. Gosto de
produzir questões mais do que tentar dar respostas”, destaca.

O convite para o Ateliê da Escrita, um Programa Público da Bienal das Amazônias,
foi um presente, diz a escritora. “Creio na escrita como uma prática alimentada pela
ação, pela pesquisa e também em algum nível pela magia. Mas é preciso treinar o
olhar para o encontro com o outro. E diante desse encontro surge uma primeira
ideia”, diz. “O mistério e a força dessa arte nos conectam, porque são tão
indomáveis quanto os dias”, acrescenta.
Jeniffer Yara, 31 anos, natural de Belém, mora e trabalha em Macapá. Doutora em
Estudos Literários e professora de Literatura da Universidade do Estado do Amapá
(UEAP), coordena o projeto de extensão “Palavras ao Norte: literatura de mulheres
na Amazônia brasileira”, e é uma das mediadoras do Clube Leia Mulheres
Ananindeua.
Na escrita, Jeniffer trilha os caminhos que levam a reflexões sobre pertencimento e
memórias afetivas. “Meu processo criativo se inicia com a leitura – de mundo, de
livros, de outras literaturas – e com percepções sobre memória e identidade
relacionadas à minha vida, sobre o que gostaria de emitir enquanto discurso
poético”, disse.
Jeniffer organizou os livros “Crônicas paraenses: Novos olhares sobre cenas locais”
(2021); “Um clássico para si: Livro de recomendações” (2022); “Letras em
narrativas” (2022); e “Autoras de si: Narrativas de resistência e potência” (2024).
Como autora, publicou “Sintomática” (2022), publicação independente; “Terra
Amazon-is” (2025), pela Editora Minimalismos; e “Anticanônico” (2025), pela editora
Folheando.
A participação no Ateliê da Escrita da Bienal das Amazônias amplia os horizontes
da escritora. “A expectativa é muito boa para ministrar a oficina junto a uma
escritora e amiga que admiro tanto, Monique Malcher. Sou professora, e, lidar com o
público, trabalhando com o que eu amo, literatura, é fascinante, prazeroso e sempre
único”, afirmou.
Serviço
Ateliê da Escrita da Bienal das Amazônias. Oficina Terra Amazon-is, com as
escritoras Jeniffer Yara e Monique Malcher.
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), rua Manoel Barata, 400,
Centro, Belém.
Data: 12 de setembro.
Horário: 14 às 16 horas.
Entrada gratuita.
Horários de funcionamento do CCBA: segunda e terça: fechado; quarta e quinta: 9h
às 17h; sexta e sábado: 10h às 20h; domingos e feriados: 10h às 15h. A última
entrada é sempre uma hora antes do fechamento.
Site: www.bienalamazonias.org.br; Instagram: @bienalamazonias.


















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