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Escritoras participam de oficina de escrita literária na Bienal das Amazônias

Para que serve a literatura? Para as escritoras Monique Malcher e Jeniffer Yara, a

literatura é a própria vida – “pulsa, é inerente ao ser humano”, afirma Jeniffer; é “o

gesto libertador de traduzir o absurdo e a beleza do mundo”, diz Monique. Com o

texto à flor da pele, as duas autoras participam nesta sexta-feira, 12 de setembro,

em Belém, da Oficina Terra Amazon-is, no Ateliê da Escrita da 2ª Bienal das

Amazônias. O encontro de prática de escrita literária a partir de temas descritos será

no Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), às 14 horas. Durante a

programação, Jeniffer Yara irá lançar o livro “Terra Amazon-is” e Monique Malcher

lançará “Degola”, seu primeiro romance.

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Antropóloga, doutora em Ciências Humanas na área de estudos de gênero e artista

plástica nascida em Santarém, oeste do Pará, Monique Malcher hoje reside em São

Paulo. Seu primeiro livro, “Flor de gume” (editora Moinhos), ganhou o Prêmio Jabuti

de Literatura em 2021, na categoria contos. O romance de estreia, “Degola” (2025),

acaba de ser lançado pela Companhia das Letras.

Monique trabalha exclusivamente com literatura. Sua obra atravessa as

inquietações humanas. “Meu processo criativo começa sempre ouvindo meu

incômodo. Em seguida, vou para a pesquisa, conversar com as pessoas, fotografar,

desenhar. A observação e o silêncio são grandes ferramentas também. Gosto de

produzir questões mais do que tentar dar respostas”, destaca.

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O convite para o Ateliê da Escrita, um Programa Público da Bienal das Amazônias,

foi um presente, diz a escritora. “Creio na escrita como uma prática alimentada pela

ação, pela pesquisa e também em algum nível pela magia. Mas é preciso treinar o

olhar para o encontro com o outro. E diante desse encontro surge uma primeira

ideia”, diz. “O mistério e a força dessa arte nos conectam, porque são tão

indomáveis quanto os dias”, acrescenta.

Jeniffer Yara, 31 anos, natural de Belém, mora e trabalha em Macapá. Doutora em

Estudos Literários e professora de Literatura da Universidade do Estado do Amapá

(UEAP), coordena o projeto de extensão “Palavras ao Norte: literatura de mulheres

na Amazônia brasileira”, e é uma das mediadoras do Clube Leia Mulheres

Ananindeua.


Na escrita, Jeniffer trilha os caminhos que levam a reflexões sobre pertencimento e

memórias afetivas. “Meu processo criativo se inicia com a leitura – de mundo, de

livros, de outras literaturas – e com percepções sobre memória e identidade

relacionadas à minha vida, sobre o que gostaria de emitir enquanto discurso

poético”, disse.

Jeniffer organizou os livros “Crônicas paraenses: Novos olhares sobre cenas locais”

(2021); “Um clássico para si: Livro de recomendações” (2022); “Letras em

narrativas” (2022); e “Autoras de si: Narrativas de resistência e potência” (2024).

Como autora, publicou “Sintomática” (2022), publicação independente; “Terra

Amazon-is” (2025), pela Editora Minimalismos; e “Anticanônico” (2025), pela editora

Folheando.

A participação no Ateliê da Escrita da Bienal das Amazônias amplia os horizontes

da escritora. “A expectativa é muito boa para ministrar a oficina junto a uma

escritora e amiga que admiro tanto, Monique Malcher. Sou professora, e, lidar com o

público, trabalhando com o que eu amo, literatura, é fascinante, prazeroso e sempre

único”, afirmou.


Serviço

Ateliê da Escrita da Bienal das Amazônias. Oficina Terra Amazon-is, com as

escritoras Jeniffer Yara e Monique Malcher.

Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), rua Manoel Barata, 400,

Centro, Belém.

Data: 12 de setembro.

Horário: 14 às 16 horas.

Entrada gratuita.

Horários de funcionamento do CCBA: segunda e terça: fechado; quarta e quinta: 9h

às 17h; sexta e sábado: 10h às 20h; domingos e feriados: 10h às 15h. A última

entrada é sempre uma hora antes do fechamento.

Site: www.bienalamazonias.org.br; Instagram: @bienalamazonias.

 
 
 

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