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Espetáculo sobre ancestralidade indígena chega à periferia de Belém

A Cia Arteatro, com 32 anos de atuação em Roraima, chega a Belém-PA com o espetáculo

Gotas de Saberes, nos dias 30 e 31 de maio. A narrativa apresenta histórias do povo

originário da etnia Macuxi, de Roraima, com gênero infantil. Serão duas apresentações

gratuitas, como parte da circulação da peça pela região Norte, contemplada pelo Programa Rouanet Norte, com patrocínio do Banco da Amazônia.



O espetáculo tem formato adaptável para apresentação em vários espaços alternativos,

desde o teatro, passando pelos quintais e escolas até comunidades indígenas, com duração

de 40 minutos. A peça também chegará gratuitamente aos estados do Amazonas, Amapá e Tocantins, além de Roraima, nos meses de junho e julho.

Em Belém, as apresentações serão na periferia urbana. No dia 30 de maio, os moradores

da Vila da Barca, uma das maiores comunidades de palafitas da América Latina, assistirão ao espetáculo, às 17h. A encenação será na rua Professor Nelson Ribeiro, nº 66, Telégrafo.

A segunda apresentação do grupo na cidade será no dia 31 de maio, às 15h, na Feira do

Beco, um movimento que incentiva a economia criativa e periférica paraense. A Feira do

Beco está localizada na Passagem Santa Terezinha, nº 127, Condor. Todas as atividades

contarão com acessibilidade em Libras.



Gotas de Saberes é uma obra que transcende as barreiras do público infantil, encantando

espectadores de todas as idades. A peça propõe a contação de histórias em forma de

espetáculo, com texto inspirado em histórias do povo Macuxi, elaborado pelos atores

Anderson Nascimento, Márcio Sergino e Silmara Costa a partir do conto original e do

processo de experimentação e vivência pessoal de cada um.

A adaptação Gotas de Saberes traz elementos da infância, de experiências vividas e

ancestralidade dos atores, com músicas nas línguas originárias Macuxi e Wapichana. A peça é a concretização do desejo da companhia de realizar um espetáculo que aborde as suas raízes, a sua identidade amazônica e roraimense e contou com a assessoria do dramaturgo e encenador Márcio Marciano na direção e na dramaturgia.



Em cena, as atrizes Silmara Costa e Aravis dão vida a personagens como Jubuti e Onça,

presentes nas histórias contadas pelos ancestrais indígenas. O diretor geral Márcio Sergino

atua na percussão e sonoplastia do espetáculo. O trio consegue encantar o público, arrancar gargalhadas e transmitir a riqueza cultural do povo Macuxi.

Com o patrocínio do Banco da Amazônia, essa é a primeira vez que o espetáculo chega em Belém. “Apresentar em Belém vai ser bem interessante, porque Belém tem essa coisa das ‘misturações’, da culinária e tudo mais. E isso vai ser uma delícia. Belém é um lugar muito propício para que a gente leve esse trabalho, que a gente vai falar das histórias indígenas, contar narrativas que são daqui, mas que dizem respeito a eles também”, conta o diretor geral Márcio Sergino.



Silmara Costa, gestora do Usina Cultura, espaço que abriga a Cia Arteatro, produtora

cultural e atriz, enfatiza a importância dos patrocínios e apoios financeiros para a circulação do espetáculo. “É muito caro viajar pelo país, e a gente tem a questão do fator amazônico, ou custo amazônico, que deixa tudo mais caro para quem mora na região. Seria impossível a gente circular pelo Norte, se nós não tivéssemos um aporte como esse. Então, a gente está bastante feliz, é um desejo antigo nosso que se concretiza graças à lei Rouanet”, frisa.

Além disso, a gestora destaca que o Programa Rouanet Norte gera economia nos locais que o espetáculo chega. “Você precisa contratar uma série de outras pessoas, como produção, assessoria, tradutores, precisa de hospedagem, passagens, alimentação, então tem toda uma economia que gira em torno”, explica.

 
 
 

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