O Fórum Arte pela Justiça Climática ocupa o Curro Velho, em Belém, nos dias 20 e 21 de setembro. Artistas e ativistas de mais de vinte países convidam o público para a programação cultural do evento internacional, que tem entrada franca. São performances, instalações de arte, shows e mostra de filmes inéditos no Brasil; além de programação formativa, com oficinas e rodas de debate sobre crise climática ministradas por convidados da Guatemala, Brasil, Porto Rico, Moçambique, Índia, Palestina, África do Sul, Equador, Colômbia, Egito, Argélia, Portugal, Angola, Malásia, Estados Unidos, São Martinho, Indonésia, China, Gana e Argentina.
O Fórum é promovido pela Prince Claus Fund e Open Society Foundations, dois fundos internacionais voltados ao incentivo de iniciativas de arte e cultura comprometidos com a justiça climática no planeta - esse assunto tão urgente, sobretudo diante das queimadas recordes na Amazônia, que resultaram em 31 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) emitidos na atmosfera este ano, segundo dados inéditos, do Observatório do Clima (OC), rede de entidades ambientalistas da sociedade civil brasileira.
“O Fórum traz para Belém obras que nunca foram apresentadas no Brasil, filmes que só poderiam ser exibidos nesta oportunidade de intercâmbio promovida pelo projeto, já que são filmes independentes que estão longe do circuito comercial. E mais especial ainda: os artistas estarão aqui, falando sobre suas motivações, inspirações e contextos para a produção dessas obras que são políticas e de denúncia da crise climática. Então essa é uma programação valiosa e única”, diz Priscila Cobra, jornalista e carimbozeira afro-indígena de Icoaraci, que assina a curadoria do Fórum ao lado de Renata Aguiar, artista visual, educadora e pesquisadora, amazonense radicada em Belém, e Zayaan Khan, artista da África do Sul que trabalha em defesa da justiça alimentar, da distribuição da terra e do uso de sementes, por meio da contação de histórias e artes multidisciplinares.
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