Festival percorre 5 capitais - Belém (PA) é uma delas
- blognewschristian
- 31 de mai.
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Já está em curso, em Porto Velho (RO), o Festival dos Povos da Floresta, uma iniciativa que coloca em evidência a produção cultural contemporânea da Amazônia e dá visibilidade à arte produzida por seus povos originários e comunidades tradicionais. O evento segue até o dia 8 de junho, e marca o início de um circuito nacional que passará por outras quatro capitais: Boa Vista (RR), Macapá (AP), Belém (PA) e Brasília (DF).
Idealizado pela Rioterra e apresentado pela Petrobras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, o festival propõe uma imersão estética e cultural, com exposições, oficinas, rodas de conversa, apresentações indígenas, shows musicais e muitas outras atividades gratuitas. Mais do que um festival, é um movimento que reafirma a Amazônia como um território vivo de criação artística, inovação e resistência cultural.

"Este festival representa uma mudança de paradigma na forma como o Brasil enxerga a produção cultural amazônica. Não estamos falando apenas de preservação de tradições, mas de um movimento contemporâneo, vivo e pulsante que dialoga com questões urgentes do nosso tempo", afirma Fabiana Gomes, diretora de projetos do Centro Rioterra, idealizadora do evento.
Entre os destaques da programação em Porto Velho está a Exposição Juvia, em cartaz no Porto Velho Shopping até o dia 8 de junho. Com curadoria de Rosely Nakagawa, a mostra reúne obras visuais e audiovisuais selecionadas por meio de edital, além de trabalhos de artistas convidados como Paula Sampaio (PA) e Gustavo Caboco (RR). A exposição estabelece uma ponte entre inovação artística e saberes ancestrais, refletindo a pluralidade dos povos da floresta.
No Palco Petrobras, a curadoria musical de Aline Moraes apresenta uma constelação de vozes do Norte brasileiro, como Gabriê (RO), Patrícia Bastos (AP), Nilson Chaves (PA), Ernesto Melo e Bado (RO) e o grupo Quilomboclada (RO). As apresentações dos povos Gavião, Arara, Makurap, Tupari e Zoró reafirmam a força das expressões indígenas na cena cultural contemporânea. O encerramento da etapa Porto Velho contará com a participação especial de Lenine, que leva ao palco sua poética engajada e profunda conexão com causas ambientais e sociais.
"Este é um projeto semente. Ao pensar nessa curadoria, meu desejo foi provocar encontros e criar pontes, revelando toda a potência musical dessa terra em suas múltiplas vertentes", explica Aline Moraes.
Circuito Nacional e Protagonismo Indígena
Após a etapa em Rondônia, o festival segue por mais quatro cidades brasileiras. Em cada uma delas, será promovido um encontro entre artistas locais, mestres da cultura tradicional, coletivos criativos e nomes consolidados nacionalmente, criando redes de intercâmbio e fortalecendo o protagonismo dos povos amazônicos por meio da arte.
O Festival dos Povos da Floresta é também uma ferramenta de educação estética e cidadã, com oficinas de fotografia e vídeo com celular, atividades formativas, vivências e rodas de conversa sobre território, cultura e ancestralidade. O objetivo é estimular o reconhecimento da diversidade amazônica como parte vital da identidade brasileira e contribuir para uma mudança de narrativa sobre a região.


















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