Marajó Resiliente floresce na 19ª Primavera dos Museus

Entre os dias 22 e 28 de setembro, o Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari (PA), será palco da 19ª Primavera dos Museus, que neste ano traz como tema “Museus e Mudanças Climáticas”. Dentro da programação, o Projeto Marajó Resiliente marca presença ao lado de organizações parceiras e pesquisadoras, reforçando a importância do diálogo entre memória, cultura e práticas de adaptação climática. Promovendo uma programação diversa, convida a comunidade local a participar das discussões.

O arquipélago do Marajó, território de grande riqueza cultural e ambiental, é também um dos mais expostos aos impactos da crise climática. Por isso, sua presença na 19ª Primavera dos Museus assume um caráter simbólico e estratégico. O Projeto traz justamente uma conexão importante: ao mesmo tempo em que valoriza os saberes ancestrais e quilombolas, aposta em soluções inovadoras como os sistemas agroflorestais e o fortalecimento de políticas públicas de governança socioambiental.

A programação inclui oficinas, mostras de filmes, rodas de conversa e um evento de incidência climática, reunindo agricultoras, agricultores, comunidades quilombolas, pesquisadores e organizações locais, todas as atividades buscam criar espaços de troca e aprendizado coletivo.

Segundo Lara Vaz, coordenadora de Gênero e Diversidade do Projeto Marajó Resiliente pela Fundación Avina: “Essa parceria é especialmente significativa, pois o Museu do Marajó está situado em um dos municípios de atuação do projeto e é um importante guardião dos conhecimentos locais. A programação contará com atividades abertas à sociedade civil, incluindo oficinas voltadas para estudantes de escolas municipais, professores, organizações da sociedade civil, lideranças quilombolas e demais moradores da região.”

O Marajó é um laboratório vivo da relação entre clima e cultura. A região já sente os efeitos da elevação do nível do mar, das marés lançantes mais intensas, da salinização do solo e de períodos de seca prolongada, fenômenos que comprometem diretamente a produção agrícola e a segurança alimentar. Nesse contexto, o Projeto Marajó Resiliente atua de forma colaborativa, envolvendo quilombolas, agricultoras, jovens, mulheres e instituições públicas na construção de soluções adaptativas que fortalecem tanto a economia quanto a identidade cultural.

A presença na Primavera dos Museus reforça essa perspectiva: mais do que atividades pontuais, trata-se de ampliar vínculos entre o Museu do Marajó e a comunidade, consolidando-o como espaço de preservação da memória e de promoção de novos caminhos para a convivência com a floresta.

“As ações propostas envolvem reflexões sobre os impactos das mudanças climáticas, estratégias de adaptação lideradas localmente e o papel dos Sistemas Agroflorestais como uma das alternativas, historicamente adotada por pequenos agricultores e agricultoras, e agora contam com o apoio do projeto para implementação ou melhoramento de seus sistemas.” Afirma Lara.

Programação no Museu do Marajó

23/09 (9h às 12h) – Oficina: Mudança Climática e Sistemas Agroflorestais Diversificados – Fundación Avina e Instituto Belterra

24/09 (9h às 12h) – Mostra de filmes e debate: Comunicação como ferramenta aliada da adaptação climática: Como apresentar o Marajó ao mundo? – Fundación Avina, Instituto Belterra e Angola Comunicação

25/09 (9h às 12h) – Roda de conversa: Adaptação Climática, Gênero e Comunidades Quilombolas – Fundación Avina e Apó Socioambiental

26/09 (9h às 17h) – Evento de Incidência Climática – Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), VAC Marajó e Fundación Avina

Serviço:

📍 Onde? Museu do Marajó – Tv. Maj. Emíliano Santos, 199, Cachoeira do Arari – PA

📅 Quando? 22 a 28 de setembro de 2025

🌱 Como? Entrada gratuita

Mais informações: Instagram @marajoresiliente