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Ministério da Cultura e Petrobras apresentam: “CIRCUITO ARETÉ - Tempo de Festa” em Belém


O “CIRCUITO ARETÉ - Tempo de Festa” chega pela primeira vez ao Norte do país no contexto de crise climática global, sendo a Amazônia um dos territórios mais atingidos. De 24 a 27 de outubro, o projeto traz a Belém shows musicais, espetáculos cênicos e vivências indígenas que serão realizadas na Escola de Samba da Matinha, no Na Figueredo, no Espaço Cultural Apoena, além de escolas públicas e instituições. Toda a programação é gratuita.

Em uma insurgência pelo reconhecimento das identidades brasileiras, o projeto parte da perspectiva artística de indígenas e negros, e apresenta a cultura cabocla como forma de salvaguardar a memória dos povos originários brasileiros.

Belém - ao lado de Vitória (ES) e São Luís (MA) - está entre as três capitais escolhidas para receber a programação. Para o pesquisador, ativista e artista Luiz Guimarães, o Caboclo de Cobre, fortalecer a reflexão sobre a presença indígena e cabocla na região é importante para destacar o papel dos povos originários e da sociedade civil da Amazônia em debates como a COP 30, evento mundial sobre meio ambiente que será sediado em Belém em 2025.



“As culturas indígenas, assim como os movimentos ancestrais de África, são em essência filosofias ambientalistas, que dialogam diretamente com o sentimento da Mãe Terra. O papel dos povos originários neste cenário é a permanência milenar em defesa do bem comum, uma resistência em proteção do meio ambiente, que se mantém mesmo diante da apatia da urbanidade”, diz Caboclo de Cobre cujos estudos sobre a confluência indígena-afro no Brasil culminaram, há dez anos, na criação do Aldeia Coletivo, fundado em Salvador, em 2014 - um dos poucos grupos da Bahia a se debruçar sobre o assunto.

Idealizado pelo Aldeia Coletivo e pela Giro Planejamento Cultural, da Bahia, com participação do coletivo Wetçamy de Palmeira dos Índios, de Alagoas, o “CIRCUITO ARETÉ” apresenta a simbologia, a beleza visual e a musicalidade dos povos indígenas e caboclos, lançando para a sociedade um olhar de reparação social, patrimonial, histórica e ambiental.

Movimentando a economia criativa ao conectar dois coletivos artísticos, comunidades tradicionais, artistas, pesquisadores e escolas, o circuito busca uma lógica não-predatória e sustentável de relação com a natureza, por meio da arte como ferramenta de sensibilizar o público para pautas ambientais.

Como patrocinadora do projeto, a Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), apoia a cultura brasileira como força transformadora e impulsionadora do desenvolvimento.

“O patrocínio a atividades culturais como o CIRCUITO ARETÉ contribui de forma relevante para a economia criativa, promovendo o conhecimento, a inovação e a sustentabilidade. A companhia tem orgulho de valorizar as vocações regionais e apoiar a pluralidade de manifestações que fazem nosso país ser tão único”, destaca Milton Bittencourt, Gerente Patrocínios Culturais da Petrobras.

Programação

Aberta ao público, a programação de 24, 26 e 27 de outubro traz diversos artistas que versam sobre a cultura ancestral do Brasil. Vindo da Bahia, o grupo Cabokaji, conhecido por sua sonoridade única que mescla elementos da cultura indígena e afrobrasileira, se apresenta em Belém no dia 24, às 20h, no Na Figueiredo, e dia 27, às 19h, no Espaço Cultural Apoena.

Criado em 2019 por Caboclo de Cobre, ISSA, Ejigbo e Mayale Pitanga, Cabokaji é um manifesto que celebra as raízes indígenas e afro-brasileiras presentes no Nordeste do Brasil. A poética da banda se inspira na sabedoria da floresta e nos caboclos até os protestos sociais e políticos. 

A banda lançou o primeiro disco através do Natura Musical. Com participações do Cacique Idyarrury, Guerreiro Idyarony (ambos do Coletivo Wetçãmy, de Palmeiras dos índios/AL) e das artistas locais Eloá Puri e Elaine Ramos, as apresentações integram a turnê do novo EP "Salvaguarda".

Em Belém, os shows contam com as participações dos artistas paraenses Flor de Mururê, músico trans da periferia da Amazônia; e Jeff Moraes, cantor e compositor afroindígena.

No dia 26, a programação destaca as artes cênicas na Escola de Samba da Matinha. Às 15h, haverá apresentação do espetáculo infanto juvenil “Ypupyara”. A peça mergulha nos traços étnicos presentes nas comunidades ribeirinhas, marisqueiras e pesqueiras, com histórias que encantam e educam. Temas como degradação ambiental e a ameaça de extinção de espécies brasileiras são abordados, promovendo uma reflexão sobre a preservação da natureza. 

Em seguida, ainda no sábado (26), às 16h30, será apresentado o espetáculo infanto juvenil “Pindorama, Antes de Chamar Brasil”. A peça combina contação de histórias e musical, e versa sobre a formação da identidade do povo brasileiro a partir da rica matriz cultural dos povos originários, utilizando narrativas e contos que compõem o imaginário mítico dos povos desta terra. O grupo Aldeia Coletivo reconta os mitos da Mandioca, do Cacau e da Pipoca criando uma experiência envolvente, educativa e saborosa.

Já nos dias 24 e 25, serão realizadas as vivências indígenas e apresentações do espetáculo juvenil Ybytu-Emi, seguidas de bate papo. A programação conta com debates capitaneados pelo Cacique Idyarrury e pelo educador Guerreiro Idyarony, que circulam estados do Brasil levando uma narrativa decolonial da história a partir da perspectiva dos povos indígenas e do seu modo de vida nos dias atuais. A programação é fechada, e será realizada em parceria com escolas e instituições.


Serviço:

“CIRCUITO ARETÉ - Tempo de Festa” traz programação a Belém de 24 a 27 de outubro, na Escola de Samba da Matinha, no Na Figueredo e no Espaço Cultural Apoena, além de escolas e instituições. Entrada franca. Confira mais informações nas redes sociais do projeto (@aldeiacoletivo). A realização é do Aldeia Coletivo em parceria com a Giro Planejamento Cultural. O projeto conta com o patrocínio da Petrobras, no Programa Petrobras Cultural, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução.


PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Ações abertas ao público (24, 26 e 27.10)

24.10 (quinta-feira) às 20h no Na Figueredo: Show da banda “Cabokaji” com as participações do Cacique Idyarrury e Guerreiro Idyarony (Coletivo Wetçamy), além de Flor de Mururê. Abertura Pandeiro Livre

26.10 (sábado) às 15h na Escola de Samba da Matinha: Apresentação do espetáculo infanto juvenil “Ypupyara”

26.10 (sábado) às 16h30 na Escola de Samba da Matinha: Apresentação do espetáculo infanto juvenil “Pindorama, Antes de Chamar Brasil”

27.10 (domingo) às 19h no Espaço Cultural Apoena: Show da banda “Cabokaji” com as participações do Cacique Idyarrury e Guerreiro Idyarony (Coletivo Wetçamy), além de Jeff Moraes.

A programação é gratuita e os ingressos devem ser acessados, no dia da programação, através do Sympla : https://www.sympla.com.br/produtor/giroplanejamentocultural e nos locais de realização.

Ações fechadas nas escolas/instituições (24 e 25.10)

Nos dias 24 e 25/10/2024 serão realizadas as vivências indígenas (seguidas de bate papo sobre o meio ambiente) + apresentações do espetáculo juvenil Ybytu-Emi, também seguidas de bate papo.


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