Navio Green Pioneer, da Fortescue, chega a Belém antes da COP30
- blognewschristian
- 3 de nov.
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O Green Pioneer, da Fortescue, chegou a Belém com o objetivo de transmitir a mensagem de que a colaboração entre indústria e reguladores é fundamental para viabilizar o transporte marítimo com emissão zero.
Com 75 metros de comprimento, a embarcação já percorreu três continentes neste ano, após paradas em Londres (Inglaterra), Roterdã (Países Baixos), Mônaco, Boston e Nova York (Estados Unidos).
Segundo o diretor global de Sistemas Marítimos e Navegação Verde da Fortescue, Andrew Hoare, “a cada etapa de sua jornada, o Green Pioneer prova que a amônia não é apenas um combustível do futuro – é uma solução prática e atualmente disponível. A embarcação está quebrando barreiras e mostrando que a amônia pode ser usada com segurança e eficiência.”

“Quando lançamos o Green Pioneer, as regras para o uso da amônia como combustível nem sequer existiam. Hoje, essas diretrizes já estão estabelecidas, baseadas em dados e operações reais. Isso representa uma contribuição tangível para a descarbonização global – não apenas uma demonstração técnica.”
Durante sua viagem ao redor do mundo, o Green Pioneer alcançou diversos marcos importantes, incluindo tornar-se o primeiro navio a navegar movido por amônia em mares internacionais. Isso foi possível após operações de abastecimento bem-sucedidas no Reino Unido, Roterdã e Boston, viabilizadas por meio de uma estreita colaboração com autoridades e parceiros locais.
Em reconhecimento a essa conquista, o Green Pioneer foi eleito uma das Melhores Invenções de 2025 pela revista TIME.
A adoção da amônia é crucial para reduzir a pegada de carbono do setor marítimo, que atualmente responde por 3% das emissões globais – proporção que pode chegar a 10% até 2040.
A Fortescue expressou decepção com o adiamento da adoção do Marco Global de Emissões Zero da Organização Marítima Internacional (IMO), um marco propositivo que definiria um caminho claro para a descarbonização do transporte marítimo. Embora alguns países tenham optado por adiar o avanço, o rumo do setor já está traçado: a transição para combustíveis de emissão zero é inevitável.
O Green Pioneer está na COP30 para mostrar que as tecnologias necessárias já existem e que a Fortescue segue firmemente comprometida em demonstrar o que é possível por meio do seu programa de navegação verde. A empresa continuará trabalhando com governos, parceiros industriais e instituições internacionais para acelerar a transição para o Real Zero.
Conectando inovação global ao futuro verde do Brasil
A presença do Green Pioneer no Brasil reforça o compromisso da Fortescue com o avanço da cadeia de valor do hidrogênio e da amônia verdes no país, especialmente no Nordeste. Com a COP30 sendo realizada em Belém, o navio também destaca o papel central que o Brasil pode exercer na liderança da transição energética global.
Ao demonstrar o uso real e seguro da amônia verde como combustível marítimo, a Fortescue mostra como o desenvolvimento dessa indústria pode fortalecer o protagonismo do Brasil na transição para uma economia de energia limpa.
Segundo Andrew Hoare, “o Brasil está em uma posição única para fornecer os combustíveis do futuro – e o Green Pioneer demonstra como utilizá-los com segurança, eficiência e em larga escala.”
Fortescue no Brasil
A Fortescue está desenvolvendo o Projeto Pecém, no Ceará – a iniciativa mais avançada de hidrogênio e amônia verdes do Brasil. Com acesso a recursos renováveis de classe mundial e infraestrutura portuária estratégica, Pecém pode desempenhar um papel fundamental na construção de uma indústria verde competitiva, apoiando as metas brasileiras de descarbonização e reindustrialização.


















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