Pará recebe pela 1ª vez a Mostra Ecofalante
- blognewschristian
- 19 de out. de 2024
- 21 min de leitura
A Mostra Ecofalante de Cinema, reconhecida como o mais importante evento sul-americano para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais, chega ao Pará exibindo mais de 65 filmes, cujas temáticas incluem os povos originários, mineração e a desigualdade social. Estão representadas obras de 17 países, sendo que estão presentes obras de 12 estados brasileiros e do Distrito Federal.

No total, são mais de 110 sessões cinematográficas, com exibições de 22 de outubro a 10 de novembro, com entrada franca. Compõem o circuito do festival o Cine Líbero Luxardo, Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, Museu Paraense Emílio Goeldi, Palacete Pinho / Sala Dira Paes, em Belém, e o Teatro Municipal de Ananindeua, em Ananindeua.
Estão agendados dois debates, ambos no Cine Líbero Luxardo: “Povos Tradicionais”, no dia 24/10, às 20h00, e “Emergência Climática e Agricultura Regenerativa”, em 29/10, às 20h15.
A grade de programação reúne destaques de diferentes seções da Mostra Ecofalante de Cinema: Panorama Internacional Contemporâneo, Competição Latino-americana, Panorama Histórico, Mostra Competitiva Territórios e Memória, Especial Emergência Climática, Sessão Infantil, Especial ISA 30 anos: Por um Brasil Socioambiental e Sessões para Estudantes.

Estão presentes filmes recentes de diretores consagrados, como “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft”, do cultuado alemão Werner Herzog, o curta-metragem paraense “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” e 14 filmes premiados na 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, ocorrida em São Paulo no último mês de agosto, entre eles o longa-metragem peruano “Céu Aberto”, vencedor da competição latino-americana, e “Rejeito”, eleito melhor longa da competição Territórios e Memória.
Para a sessão de abertura, na quarta-feira, 23 de outubro, às 19h00, no Cine Líbero Luxardo, a atração é “Solo Comum”, de Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell. Participam dessa abordagem sobre agricultura regenerativa e seus benefícios para o solo os atores Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson, entre outros. Premiado no importante Festival de Tribeca, o longa-metragem ganha reapresentação aberta ao público em 29 de outubro, às 18h30, no mesmo local.

O festival inclui ainda o programa especial Emergência Climática traz as produções norte-americanas “Arrasando Liberty Square”, sobre gentrificação climática, e “Filhos do Katrina”, obra premiada no Festival de Tribeca sobre os efeitos do furacão Katrina.
A Mostra também contará com filmes com acessibilidade - como aconteceu nas edições no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. As produções “Solo Comum”, “Sekedese”, “Rejeito”, “Samuel e a Luz” e “Memórias da Chuva” serão exibidas com legenda descritiva. Para saber datas e horários dessas sessões, basta conferir nossa programação.
PREMIADOS DA 13ª MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA
Este ano, a Competição Latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema teve como vencedor do prêmio de melhor longa-metragem a coprodução Peru/França “Céu Aberto”. Na obra, que foi selecionada para o prestigioso Festival de Roterdã, um pai peruano trabalha pacientemente quebrando a pedra branca vulcânica em uma paisagem extraordinária. Seu filho, por sua vez, faz parte do mundo moderno: usa câmeras e drones para criar no computador a maquete digital de uma igreja. Seus caminhos se cruzam de maneira fantasmagórica. A pergunta que o diretor Felipe Esparza Pérez coloca é: poderá o reino da arte digital recriar e reviver o velho mundo?

O júri dessa competição – formado pelos cineastas Lucas Bambozzi, Mariana Jaspe e Tatiana Lohmann – elegeu como melhor curta-metragem o chileno “Concórdia”, de Diego Véliz, um ensaio sobre a fronteira entre o Peru e o Chile criado com materiais encontrados na internet.
Mereceram ainda menção honrosa do júri dois longas e um curta. “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, se passa numa pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina. O enredo traz o processo de realização de um filme em torno de uma figura enigmática: Canuto, um homem que, muitos anos atrás, sofreu a temida transformação em onça e acabou morrendo tragicamente. O longa já havia sido premiado como melhor filme da Competição Envision no IDFA, de Amsterdã, considerado o mais importante festival de documentários da atualidade. Já “Ramona” é uma produção da República Dominicana que embaralha as fronteiras entre ficção e não-ficção e esteve na programação do Festival de Berlim. Nele, a diretora Victoria Linares Villegas acompanha uma jovem atriz que se prepara para assumir o papel de uma adolescente grávida que mora na periferia da capital Santo Domingo. Insegura no papel, ela começa a entrevistar jovens mães sobre gravidez e maternidade. Ao longo desse processo, elas mesmas passam a influenciar a produção do filme, alterando seu rumo. A menção honrosa para filmes curtos foi para o mexicano “Você Vai Me Esquecer?”, de Sofía Landgrave Barbosa, passado em cidade nos limites da selva amazônica do Peru.

O público da 13ª Mostra Ecofalante de Cinema apontou como favoritos da Competição Latino-americana o curta colombiano “A Menos Que Bailemos”, dirigido por Hanz Rippe Gabriel e Fernanda Pineda Palencia, que acompanha uma professora de dança afro que empreende uma iniciativa para resgatar jovens do crime na cidade com os maiores índices de homicídios da Colômbia.
Já a mostra competitiva Território e Memória, exclusiva para produções brasileiras, teve como juradas as realizadoras Carolina Canguçu, Nara Normande e Tatiana Toffoli. Elas deliberaram como melhor longa-metragem “Rejeito”, de Pedro de Filippis. A produção faz um alerta: após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. No filme, uma conselheira ambiental confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. Venceu o prêmio de melhor curta “Ava Yvy Pyte Ygua / Povo do Coração da Terra”, do Coletivo Guahu’i Guyra, que focaliza a reza longa que protege os Kaiowá e os aproxima dos povos-raio e dos povos-trovão para rememorar a história do começo da terra que só esses povos sabem contar. É dessa conexão encantada que se cria e recria o território de Yvy Pyte (Coração da Terra). Uma menção honrosa foi outorgada a “À Margem do Ouro”, de Sandro Kakabadze, um retrato do cotidiano de garimpeiros, comerciantes, professoras ou garotas de programa em busca de dinheiro na região do rio Tapajós.

Houve empate na votação de melhor curta-metragem dessa mostra: “A Bata do Milho”, de Eduardo Liron e Renata Mattar, e “Nosso Terreiro”, de Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra e Fernando Lucas Silva, obtiveram a mesma pontuação. O primeiro se passa na região de Serra Preta, sertão da Bahia, onde se encontram famílias de trabalhadores rurais que mantêm viva a tradição dos cantos de trabalho durante o cultivo do milho. “Nosso Terreiro”, por sua vez, trata do Bumba-Boi, música e fé no terreiro de Maracanã e registra caboclos e encantados brincantes em festa comemorando o dia de São João. O caboclo de pena e sua dança, e o cantador e suas toadas reverenciam as forças da natureza que abençoam a brincadeira. As vivências desses dois jovens nos apresentam as nuances de seu sincretismo religioso.
O público também elegeu o melhor filme da 13ª Mostra Ecofalante de Cinema, independente da seção exibida. O vencedor foi “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, que acompanha três mulheres que lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Sol Nascente, considerada atualmente como a maior favela do Brasil. Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas foram encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que chegariam a Brasília para assistir à cerimônia.
ESPECIAL EMERGÊNCIA CLIMÁTICA
O longa “Arrasando Liberty Square”, de Katja Esson, acompanha como a comunidade em Miami torna-se o marco zero para a gentrificação climática. Liberty Square abrigou um dos mais antigos projetos de habitação pública segregada dos EUA. Agora, com o aumento do nível do mar, os terrenos mais elevados do bairro tornaram-se valiosos para a especulação imobiliária, criando um mercado especulativo no bairro historicamente negro. O filme venceu o Prêmio World of HA Change Maker no Festival de Woodstock (EUA), tendo sido exibido no Sheffield DocFest (Reino Unido), Festival da Filadélfia (EUA), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamburgo (Alemanha). Foi também o vencedor do prêmio de melhor documentário de cineasta estreante no Festival de Tribeca,
O filme “Filhos do Katrina” mostra que o furacão Katrina não apenas destruiu grande parte da cidade de Nova Orleans em 2005, mas também mudou para sempre a vida de muitos jovens. Entre estes, o diretor do filme, Edward Buckles Jr., na época com 13 anos. A obra dá voz aos que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo da época, abordando com vigor o tema da injustiça climática.
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO
Os padrões globais de cleptocracia e extrativismo são examinados no longa sueco “Breaking Social: O Fim do Contrato Social”, de Fredrik Gertten. O filme focaliza aqueles que quebram o chamado contrato social, recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. A obra circulou nos principais festivais de documentários, como o IDFA, de Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e o Festival de Documentários de Munique.
“Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, constata que plásticos estão por toda parte – existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas em nossa galáxia. Encontra-se plástico não só nos mares, como também em rios, no ar, no solo e dentro de nós. Embora a crise se aprofunde e a reciclagem não dê conta do problema, a indústria do plástico continua a aumentar sua produção. O longa participou de importantes festivais internacionais de documentários, como o CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e Festival de Documentários de Munique.
As tensões e os dilemas entre a mercantilização e a conservação estão no centro do longa canadense “Silvícola”, de Jean-Philippe Marquis. Florestas antigas, com árvores que existem há milhares de anos, têm um valor inestimável do ponto de vista económico, cultural e ambiental – mas, hoje, a sua existência está em perigo.
“Mil Pinheiros”, de Sebastián Díaz Aguirre e Noam Osband, acompanha um dos imigrantes que dependem do polêmico programa de visto de trabalhador convidado nos Estados Unidos. Ele está em sua décima nona temporada trabalhando para a maior empresa norte-americana de reflorestamento e precisa equilibrar suas responsabilidades entre a esposa, os filhos e a mãe idosa com problemas cardíacos no México, e as necessidades e emergências da equipe de plantio.
Uma produção entre o Irã e a França que venceu o prêmio especial do júri no Festival de Sundance, “Contra a Maré” aborda diferentes posturas de pescadores de Mumbai: aqueles que seguem a lua e as marés, e os que adotam a tecnologia moderna. Tal conflito se passa diante de um mar que se torna cada vez mais hostil devido às alterações climáticas e os meios de subsistência, que estão ameaçados.
Na produção da Suíça “2G”, o diretor Karim Sayad mostra como, após a repressão ao contrabando de pessoas, muitos residentes de Agadez – no Níger, um dos países da África Ocidental mais afetados pela emergência climática – embarcam em uma viagem pelo Saara para se juntar a dezenas de garimpeiros perdidos no meio do deserto. Entre esperanças e desilusões, esses homens lutam para sobreviver num ambiente cada vez mais hostil e instável. A obra esteve selecionada no IDFA, de Amsterdã, o principal festival internacional de documentários da atualidade.
Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, com as corporações multinacionais aumentando sua influência. No entanto, como revela agora “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, a indústria alimentícia apenas reforçou o seu controle sobre os nossos hábitos de consumo. O filme acompanha agricultores inovadores, produtores de alimentos com visão de futuro, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores proeminentes, que enfrentam essas empresas para inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.
MOSTRA COMPETITIVA TERRITÓRIOS E MEMÓRIA
Exibido no Le Festival International du Film sur l'Art (Canadá), “Interior da Terra” promove uma investigação desde o céu até às profundezas da floresta. Com direção de Bianca Dacosta, o curta revela camadas de histórias enterradas e apagadas através do relato histórico e atual da destruição da Floresta Amazônica e do seu povo de origem, os Mura.
Produção do Paraná, o longa-metragem “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” revela como, no coração da Floresta Amazônica, um povo originário está experimentando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin, da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unir para recordar de sua cultura e seu modo de vida ancestral e espiritual. Dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem, o filme foi vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas.
A mineração no estado de Minas Gerais é tema de “O Silêncio Elementar”, de Mariana de Melo. Selecionado para o prestigioso Festival de Roterdã, na Holanda, o filme mostra como o cotidiano convive com a mineração. E cada metal escavado deixa suas marcas na terra e nas pessoas.
No longa “Memórias da Chuva”, o veterano cineasta cearense Wolney Oliveira aborda a população que foi obrigada a abandonar uma cidade do interior para dar lugar à construção de um açude que vai fornecer água para a capital do estado. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças. Exibido no Festival de Havana, o filme venceu o prêmio de melhor edição e o prêmio do público no Fest Aruanda.
Coprodução entre o Brasil e a França, “Samuel e a Luz” mostra o impacto no cotidiano idílico em um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ) da chegada da eletricidade e do turismo. Dirigido por Vinícius Girnys, o longa foi vencedor do prêmio de melhor documentário e Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara (México), tendo sido eleito como melhor documentário na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
Após a morte brutal do jornalista britânico Dom Phillips em 2022, durante uma expedição no Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país, localizada no interior do Amazonas, o cineasta Otavio Cury reflete, em “Onde a Floresta Acaba”, sobre a perda do amigo, revisitando a primeira viagem que fizeram à Amazônia e os filmes que fizeram juntos. O filme mereceu menção honrosa no Festival de Cinema da Fronteira (RS) e foi eleito como melhor curta pelo júri jovem no Panorama Internacional Coisa de Cinema, na Bahia.
“Sertão, América”, curta de Marcela Ilha Bordin, registra o processo de fabricação do Parque Nacional da Serra da Capivara. Esta unidade de conservação no sertão do Piauí possui desenhos rupestres que desafiam a teoria corrente de como o homem entrou na América.
Em “Favela do Papa”, o cineasta Marco Antonio Pereira recupera o movimento de resistência dos moradores da Favela do Vidigal contra a ordem de remoção, um capítulo importante da história do Rio de Janeiro na década de 1970. Com imagens de época e entrevistas, o filme mostra a conjunção de entidades e personalidades na defesa da permanência dos moradores em seu território, como o apoio da Igreja Católica, de juristas e do artista Sérgio Ricardo. Esse episódio foi determinante para o fim da política de remoção em grande escala posta em prática pelos governos estaduais na década de 1960.
Graciela Guarani e Alice Gouveia assinam a produção pernambucana “Sekhdese”, estruturada em depoimentos gravados durante expedições por aldeias indígenas e registros de manifestações na cidade de Brasília. Na obra, relatos de mulheres revelam um precioso empoderamento feminino e expõem as lutas pela terra, a cultura, o meio ambiente, e o etnocídio do qual são vítimas, pelas investidas das igrejas neopentecostais.
Misturando elementos de documentário e ficção, o curta “Mborairapé”, Roney Freitas, mostra um grupo de jovens rappers Guarani que vivem no bairro do Jaraguá, na cidade de São Paulo, e sua expressão cultural através da música.
Na produção mineira “Nunca Pensei Que Seria Assim” a diretora Meibe Rodrigues propõe, através de memórias do próprio passado, uma reflexão sobre negritude e escrevivência (a escrita que nasce do cotidiano, das lembranças, da experiência de vida da própria autora e do seu povo). O curta conquistou os prêmios de melhor filme no FALA Chico - Festival de São Francisco do Sul (SC) e no Primeiro Plano - Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades.
Já no curta “Água Rasa”, do diretor mineiro Dani Drumond navega o rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), percorrendo do local do rompimento até a sua foz. Através da sabedoria de Seu Pedro, o filme descobre, em seu varejão de bambu, o poder de ouvir e se conectar com o rio, com a natureza ao redor e com espíritos ribeirinhos.
SESSÕES ESPECIAIS
“Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva”, de Mari Corrêa. O filme contrapõe o olhar indígena ao da ciência ocidental e expõe como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza, escancarando as origens da implacável destruição da Amazônia.
O filme “Escute, A Terra Foi Rasgada”, de Fred Rahal Mauro e Cassandra Mello, registra o acampamento Luta pela Vida, em Brasília, no qual lideranças dos povos Mebêngôkre (Kayapó), Munduruku e Yanomami se uniram para escrever uma carta-manifesto em repúdio à atividade garimpeira.
“A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu”, de Andy Costa, enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a Floresta Amazônica em pé.
ESPECIAL ISA 30 ANOS: POR UM BRASIL SOCIOAMBIENTAL
Uma projeção celebra os 30 anos da criação do ISA – Instituto Socioambiental, uma organização não governamental voltada a defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos dos povos indígenas do Brasil. É exibido “Mapear Mundos”, no qual a diretora Mariana Lacerda articula imagens de arquivos indigenistas com testemunhos atuais para rememorar os passos dados por organizações da sociedade civil, em um contexto de ditadura militar, pela garantia de direitos dos povos originários no Brasil, fornecendo as condições para a articulação do “capítulo dos índios” na Constituição Brasileira e as demarcações das Terras Indígenas. Trata-se de uma produção do ISA – Instituto Socioambiental, uma organização não governamental que comemora 30 anos de atuação voltada a defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos dos povos indígenas do Brasil.
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA
A Mostra Ecofalante de Cinema no Pará apresenta ainda outros dois títulos brasileiros que participou da Competição Latino-americana deste ano. “O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” é definido por seu realizador, Carlos Adriano, como um cinepoema. Baseado no texto “Sobre o Conceito de História”, de Walter Benjamin, aproxima realidades distantes: imagens de povos indígenas brasileiros em 1917 e 1922 e em manifestações antifascistas de 2022; imagens da causa palestina em 1948 e em 2022; tiros contra o relógio disparados por revolucionários franceses em 1830 e flechas contra o relógio disparadas por indígenas brasileiros em 2000. Por sua vez, “Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape, aborda uma criatura que vem do interior de São Paulo e vaga pelas estradas e rodovias, levando as almas das pessoas que acabaram de morrer, pois essas pessoas. O curta-metragem foi eleito melhor filme e melhor direção no Festival de Triunfo e melhor curta de ficção no Festival de Trancoso.
SESSÕES ESPECIAIS
* “A Mãe de Todas as Lutas” (Brasil-RJ, 2021, 84 min) – Susanna Lira
A trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão à frente da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar as mulheres e a sabedoria das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. As trajetórias destas duas mulheres nos ligam ao conceito da violência e apropriação do corpo feminino.
PANORAMA HISTÓRICO
Já homenageado na seção Cannes Classics do Festival de Cannes, “Amor, Mulheres e Flores” é assinado por Marta Rodríguez e por seu parceiro e companheiro de vida Jorge Silva (1941-1987). Representante da seção Panorama Histórico da Mostra Ecofalante de Cinema, o filme foi realizado em 1984 e traça as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores na capital colombiana, Bogotá, e suas reivindicações por melhores condições de vida e saúde, entre as histórias de vida e amor femininas. Com carreira iniciada em 1971, Marta Rodríguez é considerada uma das primeiras mulheres documentaristas da Colômbia a alcançar repercussão internacional.
SESSÕES INFANTIS
Para o público infantil, a Mostra Ecofalante de Cinema no Pará exibe o longa em animação “Yakari, Uma Jornada Fantástica”. Um dos grandes heróis da literatura infantil, Yakari é uma criança Sioux feliz, corajosa e generosa, dotada do fabuloso poder de falar e compreender a linguagem dos animais. Mas Yakari nem sempre teve esse dom. O longa, uma coprodução Bélgica/França/Alemanha, tem direção assinada por Xavier Giacometti e Toby Genkel.
Também voltadas à criançada, sessões no Museu Paraense Emílio Goeldi estão na programação. Destaca-se “Kwat e Jaí - Os Bebês Heróis do Xingu”, de Clarice Cardell. O curta-metragem acompanha os gêmeos Sol e Lua, que vivem uma jornada em busca de sua mãe que foi engolida por uma sucuri. Todos estes elementos são ilustrados por animações 2D misturados com as imagens em live-action captadas e interpretadas pela comunidade do Hiulaya do Alto Xingu. Entre os demais títulos incluídos estão “Kigalinha”, de Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo; “Caminho dos Gigantes”, de Alois Di Leo; “Mitos Indígenas em Travessia”, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues; e “Teo, o Menino Azul”, de Hygor Beltrão Amorim.
SESSÕES PARA ESTUDANTES
Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) serão realizadas sessões educacionais no Palacete Pinho/Sala Dira Paes com escolas municipais selecionadas e abertas ao público. Será realizada ainda uma formação de docentes das áreas de artes falando sobre a importância do uso do cinema em sala de aula a partir da utilização da Ecofalante Play, plataforma de streaming educacional gratuita da Ecofalante. Além das atividades com as escolas municipais serão realizadas sessões educacionais com escolas estaduais junto a Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC) e as Diretorias Regionais de Ensino (DRE) de número 05 e 07. Com a possibilidade das sessões serem realizadas nas próprias escolas de cada regional e sendo realizadas em escolas que possuam infraestrutura para receberem mais turmas. E, junto ao Centro de Estudo e Aprendizagem Integral (CEAI) serão realizadas sessões educacionais para o público interno.
Graças uma parceria entre a Mostra Ecofalante de Cinema e a Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary, onde está sediado o Teatro Municipal de Ananindeua, será realizada programação com uma série de sessões abertas ao público e seguidas de debates destinadas a estudantes de escolas municipais do 5º ano do Ensino Fundamental I e do 8º ano do Ensino Fundamental II e em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua (SEMED) e a Secretaria Municipal da Mulher de Ananindeua (SEMMU), os debates serão planejados e realizados por cada uma das Secretarias.
Nas sessões educacionais do Cine Líbero Luxardo,um dos destaques é a produção paraense “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões”, filmado na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, e vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema em 2022. Assinado por Joana Moncau, Elpida Nikou e pelo Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, o filme acompanha a produção de um documentário sobre as ações para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. A obra faz parte da programação voltada para alunos do Ensino Fundamental II, assim como os curtas-metragens. E a outra obra selecionada é o “Tapajós Ameaçado”, de Thomaz Pedro, que acompanha lideranças indígenas para apresentar as suas perspectivas em relação a uma série de megaprojetos que estão sendo planejados, como ferrovias, hidrovias, agronegócio, mineração e outros, o filme foi eleito com o prêmio do público de Melhor Curta-Metragem na competição latino-americana em 2021.
Na Universidade Federal do Pará (UFPA), as sessões seguidas de debates acontecerão entre 22 e 25 de outubro, sendo assim, temos duas sessões sendo exibidas antes da abertura da Mostra e duas durante, na Sala de Projeção da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFPA), as atividades serão coordenadas por docentes da coordenação de Bacharelado de Cinema e Audiovisual da UFPA e do Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA). Com uma programação dividida em quatro temas principais: “Questões Agrárias e Disputas Territoriais”, com o filme “BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal Mauro, documentário que reflete sobre o impacto da expansão da BR-163 sobre as comunidades da Amazônia; “Floresta, Clima e Racismo Ambiental”, a partir de “Fé Pelo Clima” de Pedro Carcereri, onde temos que as juventudes de todo o Brasil discutem a crise climática sob a perspectiva de suas espiritualidades e vivências na luta pela ação climática; “Cosmologia e Saberes Tradicionais em relação ao Clima” discutindo a obra “Floresta, um jardim que a gente cultiva” de Mari Corrêa, o filme contrapõe o olhar indígena ao da ciência ocidental e expõe como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza, escancarando as origens da implacável destruição da Amazônia; e a temática de “Questões Socioambientais Urbanas”, junto a obra "Vida Sobre as Águas” de Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee, que nos revela as técnicas de construção coletiva, como as casas de palafita e moradias flutuantes que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região.
Na Universidade do Estado do Pará (UEPA) as atividades acontecem em parceria acontece com sua Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), com quem estabelecemos um Acordo de Cooperação no mês passado, com auxílio da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da UEPA. Serão realizadas três sessões, uma em cada campus de Belém, com enfoque na temática de licenciatura, tecnologia e saúde.
No Instituto Federal do Pará (IFPA), com quem temos também um acordo de cooperação assinado em setembro, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão (PROEX). As sessões serão realizadas em conjunto com um projeto de extensão do Campus de Breves no mês de novembro e dezembro discutindo a temática dos povos indígenas.
Com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) as atividades acontecerão em parceria com o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) e Grupos de Programa de Educação Tutorial (PETs) com sessões seguidas de debates, sempre começando às 14h, norteando os temas de: alimentação, mudanças climáticas e mineração. Narrado pelo ator e ativista ambiental Woody Harrelson, o longa-metragem norte-americano “Solo Fértil”, de Josh Tickell e Rebecca Harrell Tickell, será exibido no dia 23/10, o filme aborda um grupo de ativistas, cientistas, agricultores e políticos que se unem em um movimento global por uma técnica de plantio cujo objetivo é equilibrar o clima, reabastecer o vasto suprimento de água e alimentar o mundo. No dia 31/10 o PET Agronomia realizará uma discussão a partir do filme “O Veneno Está na Mesa”, de Silvio Tendler, que busca mostrar como estamos nos alimentando mal por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio, a partir do uso indiscriminado de agrotóxicos, muitas vezes banidos em diversos outros países do mundo e seus impactos negativos na vida de trabalhadores que os manipulam. No próximo mês, no dia 08/11 por intermédio do PET Engenharia Florestal uma sessão com os filmes “Agrofloresta é mais”, de Beto Novaes e uma co-produção da VideoSaúde Distribuidora (Icict/Fiocruz), a produção mostra como uma área degradada, foi transformada por meio de iniciativas de recuperação do meio ambiente pela produção agroflorestal, com produção de alimentos e preservação da biodiversidade e “Parceiros da Floresta” de Fred Rahal Mauro, que mostra projetos de parcerias entre setores privado, público e comunidades locais que geram soluções para a proteção e restauração de florestas tropicais. Por fim, acontece após o término da Mostra, no dia 29/11, uma atividade a partir do Grupo de Estudos da Biodiversidade em Plantas Superiores com a obra “Sustentável”, produção estadunidense de Matt Wechsler, assim como diz sua própria sinopse, este é um filme sobre a terra, aqueles que nela trabalham e o que precisa ser feito para preservar o mundo para as gerações futuras, porque o futuro de nosso sistema alimentar determina o futuro da humanidade.
A
s atividades na
Universidade da Amazônia (UNAMA) serão realizadas sessões internas para estudantes da instituição, além disso, serão realizadas entrevistas e gravações junto a Rádio UNAMA, com intuito de divulgar ainda mais sobre a Mostra Ecofalante de Cinema no Pará.
Enquanto isso, na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, a atividade acontece a partir da Pró-Reitoria de Cultura, Comunidade e Extensão (Procce) e serão iniciadas no dia 11 deste mês, antes da abertura da Mostra, junto ao “Festival de Cinema Tarrafa: audiovisual amazônico em rede” com a sessão do filme “Aqui en la Frontera”, de Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi, que retrata a história e os desafios de três venezuelanos que, devido a uma das maiores crises migratórias recentes da América Latina, chegaram ao Brasil e buscam reconstruir sua vida. E, com possibilidade de acontecerem mais atividades durante o período da Mostra.
A Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Dirigido por Chico Guariba, o evento tem patrocínio do Mercado Livre e apoio da White Martins e Synergia Socioambiental. Tem apoio institucional da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, do Institut Français, do Fórum de Festivais, do Sesc, do Programa Ecofalante Universidades, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Museu Paraense Emílio Goeldi, da Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary, do Teatro Municipal de Ananindeua, da Prefeitura Municipal de Ananindeua por meio da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua, da Fundação Cultural do Município de Belém, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Belém, da Prefeitura de Belém, no Cine Líbero Luxardo por meio da Fundação Cultural do Pará, Secretaria de Estado de Educação do Pará e do Governo do Estado do Pará. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural e parcerias do Instituto Akatu, Autossustentável, eCycle, Green Me, Greenpeace, Iniciativa Verde, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima, The Climate Reality Project Brasil, Rádio Unama e Rede Kino. É uma realização da Ecofalante, Ministério da Cultura e Governo Federal.
A Ecofalante é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade, atua na formação de professores, exibições e debates em escolas, universidades e aparelhos culturais, além de produzir seminários e workshops sobre cinema, educação e sustentabilidade. A entidade é responsável também pela plataforma de streaming gratuita Ecofalante Play, voltada a educadores, e o Ecofalante Universidades, programa de extensão educacional.
serviço
Mostra Ecofalante de Cinema no Pará
de 24 de outubro a 10 de novembro de 2024
gratuito
locais
Cine Líbero Luxardo - Av. Gentil Bitencourt 650, Nazaré - Belém
Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso - Blvd. Castilhos França 522/523, Campina - Belém
Museu Paraense Emílio Goeldi - Av. Gov. Magalhães Barata 376, São Braz - Belém
Palacete Pinho / Sala Dira Paes - R. Dr. Assis 586, Cidade Velha - Belém
Faculdade de Artes Visuais (Sala de Projeção) na Universidade Federal do Pará - R. Igarapé Tucunduba, 794-882 - Guamá, Belém - PA, 66075-110
Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia - Estr. Principal da Ufra, 1970-2054 - Curió-Utinga, Belém - PA, 66610-770
Teatro Municipal de Ananindeua na Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary - Av. Cláudio Sanders, 3360 - Centro, Ananindeua - PA, 67000-000
evento viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura
patrocínio: Mercado Livre
apoio: White Martins e Synergia Socioambiental
apoio institucional: Instituto Francês, WWF, Programa Ecofalante Universidades e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
produção: Doc & Outras Coisas
coprodução: Química Cultural
parcerias: Instituto Akatu, Autossustentável, eCycle, Green Me, Greenpeace, Iniciativa Verde, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima e The Climate Reality Project Brasil
realização: Ecofalante, Ministério da Cultura e Governo Federal
redes sociais
atendimento à Imprensa
ATTi Comunicação e Ideias
Eliz Ferreira e Valéria Blanco (11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441
PROGRAMAÇÃO BELÉM
entrada franca
22 de outubro (terça-feira)
UFPA - Faculdade de Artes Visuais
15h00 – sessão seguida de debate
“BR Acima de Tudo” (Brasil, 2021, 55 min) – Fred Rahal Mauro
23 de outubro (quarta-feira)
Cine Líbero Luxardo
19h00 – cerimônia de abertura (para convidados)
“Solo Comum” (95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell - C/ Legendas Descritivas (CC)
UFPA - Faculdade de Artes Visuais
15h00 – sessão seguida de debate
“Fé pelo Clima” (65 min) - Pedro Carcereri
UFRA - Instituto de Ciências Agrárias
14h00 – sessão seguida de debate
“Solo Fértil” (85 min) – Josh Tickell e Rebecca Harrell Tickell
24 de outubro (quinta-feira)
Cine Líbero Luxardo
17h30 – “A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu” (27 min) – Andy Costa
“Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva” (43 min) – Mari Corrêa
18h45 – “Escute, A Terra Foi Rasgada” (88 min) – Cassandra Mello e Fred Rahal
20h00 – debate “Povos Tradicionais”
Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso
16h00 – “Silvícola” (80 min) – Jean-Philippe Marquis
17h45 – “Samuel e a Luz” (70 min) – Vinícius Girnys - C/ Legendas Descritivas (CC)
19h15 – “Plastic Fantastic” (102 min) - Isa Willinger
UFPA - Faculdade de Artes Visuais
15h00 – sessão seguida de debate
“Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva” (43 min) – Mari Corrêa
25 de outubro (sexta-feira)
Cine Líbero Luxardo
17h30 – “Vão das Almas” (15 min) – Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape
“A Bata do Milho” (16 min) – Eduardo Liron e Renata Mattar
“Nunca Pensei Que Seria Assim” (11 min) – Meibe Rodrigues
“Nosso Terreiro” (18 min) – Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra e Fernando Lucas Silva
18h45 – “Água Rasa” (19 min) – Dani Drumond
“Rejeito” (75 min) – Pedro de Filippis - C/ Legendas Descritivas (CC)
20h30 – “Arrasando Liberty Square” (86 min) – Katja Esson
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