top of page

Professor Michel Pinho conduz aula aberta sobre saúde e urbanização em Belém

 

Você sabia que a Belém que conhecemos hoje foi profundamente moldada pelas questões de saúde pública? No final do século XIX e início do XX, a medicina e o urbanismo caminharam lado a lado diante de um quadro de epidemias de febre amarela e cólera em um período marcado por contradições sociais.

É sobre esse contexto que surge a aula pública “Medicina e Urbanização em Belém”, uma iniciativa da Afya Educação Médica Belém, alusiva ao Dia do Médico e aberta para toda a população.


ree

O evento gratuito será conduzido pelo professor e historiador Michel Pinho, um apaixonado pela história de Belém do Grão-Pará. O objetivo é relacionar o avanço da medicina e o protagonismo de médicas e médicos com o desenvolvimento da urbanização e o combate às epidemias que marcaram a história do Pará entre os séculos XIX e XX.

Michel Pinho conta que “essa aula é uma oportunidade de compreender como a urbanização e a medicina se cruzaram na construção da identidade de Belém. Ao olhar para praças, ruas e cemitérios, entendemos também como a cidade foi moldada pelas necessidades de saúde pública e pelas influências europeias da época”.

Durante o percurso, o público vai conhecer histórias surpreendentes. A Praça Batista Campos, por exemplo, foi reformada sob influência dos modelos europeus de paisagismo com árvores, coretos e utilização dos espaços para passeios públicos com a finalidade de incentivar o convívio social e melhorar a qualidade de vida dos moradores.

Outro destaque é o projeto de arborização com as famosas mangueiras, criado no governo de Antônio Lemos, que até hoje garante sombra e conforto térmico nas ruas da capital. A aula também vai abordar os cemitérios históricos da cidade, como o da Soledade, onde estão sepultadas vítimas de epidemias como cólera, febre amarela e varíola — além de figuras marcantes da medicina paraense, como Gaspar Vianna e Barros Barreto. Até mesmo a arquitetura das residências da elite será abordada: casas separadas por jardins e áreas de ventilação eram símbolo de higiene e modernidade.

 

Para a diretora da Afya Belém, Thaís Fernandes, o evento também é um momento de valorização da medicina. “O Dia do Médico é uma data simbólica para reconhecermos o papel histórico de médicas e médicos na construção de uma cidade mais saudável. Essa aula pública é um convite para que a população compreenda como a medicina foi fundamental não apenas no cuidado com a saúde, mas também na própria organização urbana de Belém”, enfatiza a gestora.


Percurso da aula

  1. Praça Batista Campos – concentração às 8h30 no coreto central;

  2. Passagem do Horto

  3. Rua Conselheiro Furtado

  4. Travessa Dr. Moraes (Cemitério da Soledade)

  5. Travessa Dr. Moraes (Sede Afya Belém)


Serviço: Aula pública “História, Medicina e Urbanização em Belém” será no próximo domingo (19/10), às 8h30, com concentração no coreto central da Praça Batista Campos. Evento gratuito e aberto ao público. Previsão de encerramento às 10h30, na sede da Afya Belém (Travessa Dr. Moraes, 79).

 
 
 

Comentários


bottom of page