A partir de segunda-feira (30), o multiartista Fabrício Boliveira volta às novelas como Jão, de Volta Por Cima, que estreia na faixa das 19h, na TV Globo. Na trama, ele é parceiro de cena de Jéssica Ellen, intérprete de Madá. Premiado por seus trabalhos no audiovisual, o ator baiano celebra seu primeiro protagonista de novela. Mais do que uma referência, ele se mobiliza para que atores pretos conquistem ainda mais espaço.
“Jão já é um divisor de águas na minha carreira. Além de ser um tipo extremamente humano e popular, é a primeira vez que faço o personagem central de uma novela, um gênero tão enraizado na cultura brasileira. Todos os trabalhos que participei até aqui me orgulham muito, mas confesso: é muito bom fazer parte desse novo momento do audiovisual, no qual as pessoas pretas estão tendo a oportunidade de ocupar novos espaços e demonstrar todo o seu talento”, festeja.
Ao encontro desse cenário promissor, Boliveira fundou a plataforma Elenco Negro, um banco de talentos para artistas de pele preta do Rio de Janeiro. A ideia é conectar atores, diretores e produtores de elenco. O objetivo é a articulação de uma rede de apoio para profissionais em diversos estágios da carreira, potencializado o aproveitamento dos integrantes no mercado.
Presença em todas as telas
Com trabalhos de destaque na TV – ele estreou no remake de Sinhá Moça em 2005, e depois participou de A Favorita (2008) e Segundo Sol (2018) e Amor de Mãe (2019), entre outros – Boliveira também poderá ser visto em breve nos cinemas.
Ele está em Mugunzá, filme dirigido por Glenda Nicácio e Ary Rosa, que já foi apresentado em alguns festivais de cinema. Para o ano que vem, está previsto o lançamento de Jardim do Silêncio, produção ítalo-baiana, cuja direção é assinada por por Henrique Dantas, com produção de Eliane Oliveira. O longa conta a história de um médico que se depara com perdas profundas em um curto espaço de tempo. Boliveira também protagoniza a série Cenas de um Crime, ao lado de Débora Nascimento.
Por suas atuações em Faroeste Caboclo (2013) e na cinebiografia Simonal (2019) – na qual deu vida ao personagem-título com brilhantismo –, Boliveira foi agraciado duas vezes com o Prêmio Grande Otelo de melhor ator. Já por Breve Miragem do Sol (2019), co-produzido por sua produtora, a Pras Cabeças, foi eleito Melhor Ator no Festival do Rio, em 2019, e ganhou o Prêmio Coral de Melhor Ator no Festival de Cine de La Habana (2021).
No cinema, também atuou nos seguintes projetos: A Máquina (2005), Todos Contra 1 (2009), Tropa de Elite 2 (2010), Trinta (2014), “Operações Especiais” (2015), “Nise: O Coração da Loucura” (2015), Vazante (2017), Tungstênio (2018), Tropykaos (2018), Além do Homem (2018), Breve Miragem do Sol (2019) e Amores Pandêmicos (2023).
Commenti