Sinfônica do Theatro da Paz apresenta concerto em homenagem ao Dia Internacional daMulher
Nesta quarta-feira (08), em alusão ao Dia Internacional da Mulher, a Orquestra Sinfônica do
Theatro da Paz (OSTP), realiza um concerto especial dedicado às mulheres, sob a regência da
maestra convidada Maria Antonia Jiméniz e participação de solistas, o concerto terá início às
20 horas, no Theatro da Paz, no Centro de Belém. A realização é do Governo do Pará, por meio
da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com Theatro da Paz e a Academia
Paraense de Música (APM).

Entre os compositores apresentados, está a pianista francesa Cécile Chaminade do século XIX e
XX. Ela viveu entre 1857 e 1944, nasceu em Paris e morreu em Marseille. Desde muito jovem
ela demonstrava seu talento para compor e editou músicas desde muito cedo. A peça que
será executada ‘Concertino para Flauta e Orquestra, Op. 107’ é muito tocado hoje em dia e foi
feita para flauta e orquestra, mas também é muito tocada em piano e será solada por Clara
Nascimento, chefe do naipe de flautas da OSTP.
De acordo com a maestra Maria Antonia Jiméniz, a primeira parte do concerto será a
homenagem principal pelo Dia Internacional da Mulher. “Essa peça será solada por uma
mulher e vai ser regido por uma mulher. Ser convidada para reger a OSTP é sempre
maravilhoso. É uma honra pela orquestra e é uma honra pela data. Então, eu estou realmente
muito feliz e grata”, disse a maestra.
A apresentação também terá obras de Franz Joseph Haydn (1732-1809), um dos mais
importantes compositores do período clássico. Personifica o chamado "classicismo vienense"
ao lado de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven e a posteridade apelidou este
grupo como "Trindade Clássica Vienense". A segunda peça que será executada é a ‘Sinfonia 82’
de Joseph Haydn, a primeira de uma série de cinco sinfonias que ele dedicou à França.
Haydn é chamado do pai da sinfonia, pois foi ele quem começou a desenvolver o gênero
sinfonia e escreveu mais de cem sinfonias. Também foi considerado como um dos autores
mais importantes e influentes da história da música erudita ocidental com uma carreira que
cobriu desde o fim do Barroco aos inícios do Romantismo.
A terceira peça é de um outro famoso, também clássico, Mozart (1756-1791), que foi um
músico e compositor austríaco, considerado um dos maiores nomes da música erudita e um
dos compositores mais importantes da história da música clássica. Wolfgang Amadeus
Mozart nasceu em Salzburg, na Áustria e faleceu em Viena, na Áustria. A OSTP vai interpretar
‘Sinfonia Concertante’, que é uma sinfonia que tem solistas. E neste caso, terá além da
orquestra, quatro solistas das madeiras. Joás Saraiva, no oboé; João Marcos Palheta, no
clarinete; Samuel Rosa, no fagote e Fabrício Santos, na trompa.

Maria Antonia Jiménez
Natural de Santiago de Cuba, iniciou seus estudos musicais aos sete anos, na Escola Vocacional
de Artes na cidade de Guantánamo, na especialidade de piano. Em 1978, após processo
seletivo, entrou para o curso de Regência Coral na Escola Nacional de Artes em Havana, onde
se formou em 1982. Em 1987, iniciou o nível superior de Regência Coral na Rússia, no
Conservatório Estatal de São Petersburgo “Rimsky Kórsakov” e, em 1993, recebeu por esta
instituição, o título de “Máster of Fine Arts” (Mestrado) na Especialidade: Regência Coral,
Pedagoga. Em 1995, a convite da professora Glória Caputo, superintendente da Fundação
Carlos Gomes, passou a ministrar aulas de canto coral no Instituto Estadual de Música Carlos
Gomes e fundou o Coro Carlos Gomes com o qual se inseriu ativamente, desde o seu início no
cenário cultural do Estado do Pará. Tendo realizado um intenso trabalho de disseminação da
música coral, com um repertório eclético, abrangendo todos os estilos da música coral erudita,
tanto a capela quanto sinfônica- coral, e interpretando também música popular, folclórica e
contemporânea. Participando das mais diversas e importantes atividades culturais, eventos
públicos de caráter beneficente e de inúmeras solenidades políticas, comemorações,
inaugurações, congressos e convenções de todo tipo. Entretanto, a sua principal contribuição
enquanto regente do Coro Carlos Gomes deu-se por meio de sua participação em festivais e
concursos nacionais e internacionais, tendo representado o Brasil, na Europa em mais de uma
ocasião, contando inclusive, com nove performances premiadas nos Concursos Internacionais
para coros dos quais participou, em países como: Italia, Grecia e Áustria.
Em 1999 a convite do reconhecido poeta e professor João Jesus de Paes Loureiro, ocupou a
função de pesquisadora de música na fundação do Instituto de Artes do Pará. Em 2007 e 2008,
a convite do Maestro Luiz Fernando Malheiro, foi a maestrina coral convidada para preparar o
coro lírico do teatro de Manaus para o Festival Internacional de Ópera de Manaus. Entre 2013
e 2014, por indicação do Maestro Abel Rocha, foi convidada e atuou como Maestrina e
Diretora Artística do Coro Profissional da Camerata Antiqua de Curitiba. Em maio de 2019, foi
convidada pelo maestro Miguel Campos Neto, para reger a OSTP, junto ao Coro Carlos Gomes.
Em 2021 a convite da diretoria do Theatro da Paz, foi convidada para reger a “Missa Cubana”
do compositor José Maria Vitier, junto a OSTP, o Coro Carlos Gomes e solistas. Em 2022,
participou junto ao Coro Carlos Gomes, de duas das produções do Festival de Óperas do TP: da
“Ópera dos Terreiros” de Aldo Brizzi e de “Armide” de J.B. Lully.
A maestra Maria Antonia Jiménez, tem recebido algumas importantes condecorações públicas
entre elas: da ALEPA o título “Cidadão do Pará”; da Prefeitura de Belém a comenda “Francisco
Caldera Castelo Branco”; da Fundação Carlos Gomes Medalha pelos 120 anos do Conservatório
Carlos Gomes, entre outros.

Clara Nascimento
Clara Nascimento é chefe de naipe de flautas da Orquestra sinfônica do Theatro da Paz.
Natural de Salvador-Bahia, é bacharel em música pela Universidade Federal da Bahia e mestre
em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; em ambas as formações, possui
habilitação em flauta transversal e como mestre, acrescenta-se a linha de psicologia da música
no âmbito da pesquisa.
Em sua trajetória musical, realizou turnês internacionais como flautista e piccolista da
Orquestra Jovem da Bahia, nos anos de: 2010, 2014 e 2016; tocando em salas de concerto
como: Queen Elizabeth Hall (Londres), Royal Festival Hall (Londres), Sala Santa Cecilia (Roma),
Grande Auditório do centro cultural (Lisboa), Konzerthaus (Berlim), Victoria Hall (Genebra),
Auditório Stravinsky (Montreux), Philharmonie de Paris (França), Teatro Morlacchi (Perúgia) e
o Teatro Regio di Torino (Turim). Durante esse período junto à orquestra, acompanhou nomes
como: Midori Goto, Martha Argerich, Maria João Pires, Ricardo Castro, Maxim Vengerov,
Benoit Fromanger, Lang Lang e as irmãs Labèque.
Elenca-se um destaque pontual, com a sua participação nos 69 anos da ONU, em 2014 onde a
convite da fundação Lang Lang, somou a orquestra sinfônica latino-americana em
comemoração a ocasião, em Nova York, junto a jovens do Brasil, Colômbia, Venezuela e EUA.
Além da sua jornada como musicista sinfônica, participa de festivais nacionais como: Poços de
Caldas, Campos de Jordão, Femusc - em Santa Catarina e o simpósio Performus, em
Florianópolis, dando ênfase a pesquisa em psicologia da música com a temática
“potencialidades cognitivas musicais”. Também participou de masterclasses com renomados
nomes da flauta transversal como: Cláudia Nascimento, Emmanuel Pahud, Beonit Fromanger,
Leone Buyse, Michel Bellavance, Adriana Ferreria, Lucas Robatto, Danilo Mezzadri e Andres
Ljungar Chapelon.

Joás Saraiva
Iniciou seus estudos de oboé através do Projeto Vale Música, aos onze anos, na cidade de
Belém, com o Professor José Agostinho da Fonseca Jr e atualmente é acompanhado pelos
Professores José Medeiros Rocha Neto, Moisés Pena e Simeon Spasov.
Participou de Master Class com os professores Humbert Lucarelli (USA), Dan Willet (USA),
Hugo Souza (Brasil), Luís Carlos Justi (Brasil), Andrea Pereira (Portugal), Ravi Shankar (Brasil),
entre outros.
Desde 2017, Joás integra a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz e tem participado de várias
edições do Festival de Ópera do Theatro da Paz.
João Marcos Palheta
Natural de Belém-PA, iniciou seus estudos musicais aos 11 anos de idade, na Banda Maestro
Vale, em Vigia - PA. Em 2012 ingressou na Fundação Amazônica de Música (FAM), em Belém,
na classe do Professor Claudionor Amaral e fez aulas em módulos com Jairo Wilkens. Formou-
se no curso de Bacharelado em Música - Clarinete, no Instituto Estadual Carlos Gomes, na
classe do Professor Joel Barbosa. Em 2019 foi condecorado na Câmara Municipal de Vigia,
recebendo o “Mérito Musical Alcemir Pinheiro”. Atualmente integra a Orquestra Sinfônica do
Theatro da Paz, além de ter atuação paralela na música popular com os grupos Quinteto
Caxangá e Clarão Duo. Já participou de intercâmbio com a Orquestra Sinfônica Brasileira e
esteve presente em diversos festivais no Brasil, tendo aulas com professores mundialmente
reconhecidos, além de ter estreado várias obras do repertório clarinetistico. João Marcos já se
apresentou nas mais importantes salas de concerto da América Latina, dentre estas a Sala São
Paulo e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Samuel Rosa
Iniciou seus estudos em música (Fagote) em 2003, sendo orientado pelo maestro Nelson Nilo
Hack. No período de 2003 a 2008 Participou do Festival Internacional de Música Colonial
Brasileira e Música Antiga do Centro Cultural Pró-Música de Juiz de Fora - MG, onde estudou
com os professores Ricardo Rapoport (Brasil-França) e Mauro Mascarenhas Júnior (UFMG). De
2007 a 2010 foi integrante da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem - OSB Jovem. Formou-se
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, sendo orientado pelo Professor Aloysio
Fagerlande. Entre os anos de 2015 e 2016 foi músico convidado da Orquestra Sinfônica
Nacional.
Entre 2015 e 2017 foi chefe de naipe da Orquestra Sinfônica Cesgranrio no Rio de Janeiro. Com
a Orquestra da UFRJ, participou de gravações importantes no cenário da música de concerto,
tais como: CD Música na corte de Dom João VI, Te Deum e Réquiem do Padre José Maurício
sob a regência de Ernani Aguiar. Gravação do CD Heitor Villa Lobos – Obras para Orquestra de
Sopros – Concerto Grosso para Flauta, Oboé, Clarineta e Fagote, Regência de Marcelo Jardim.
Gravação áudio visual da Rádio Mec da Missa dos Mortos de Marcos Portugal na igreja
Candelária com a regência de Ricardo Rocha. De 2009 a 2014 participou do Festival Brasil-
Alemanha onde também estudou com os professores David Thomas (Alemanha-Espanha) e
Franz Jurgen Dorsam (Alemanha-Portugal).
Fabrício Santos
Paraense, iniciou seus estudos musicais aos 08 anos, na Fundação Amazônica de Música - FAM,
através do Projeto Vale Música. Aos 13 anos, passou a estudar trompa com os professores
Jorge Xavier e Assen Anguelov.
Participou de master class com grandes e renomados músicos; Sarah Willis (Estados Unidos -
Alemanha), Matías Piñera (Chile - Munique), Luiz Garcia (Brasil), Alma Maria Liebrecht (Estados
Unidos), Stefan Blonk (Holanda), Cromácio Leão (Brasil), Adauto Soares (Brasil), Wagner
Polistchuk (Brasil), André Gonçalves (Brasil), Mário Rocha (Brasil), Philipe Doyle (Inglaterra-

Brasil), Israel Oliveira (Brasil), Ricardo Cabrera (Colômbia), Gustavo Trindade (Brasil), Rafael
Fróes (Brasil), Nadabe Tomás (Brasil), Danillo Silles (Brasil).
Em novembro de 2012, integrou a Orquestra do XI Festival de Ópera do Theatro da Paz, onde
participou da orquestra da Ópera “João e Maria”, de J. Humperdinck e em 2014 integrou a
Orquestra sinfônica do Theatro da paz, onde vem participando de diversas óperas e concertos,
desde então. Nos anos de 2019 e em 2022 participou do intercâmbio de música com a OSB
(Orquestra Sinfônica Brasileira) e se apresentou junto com a OSB no Theatro Municipal do Rio
de Janeiro e na Grande sala da Cidade das artes.
Atualmente é chefe de naipe das Trompas da Orquestra Sinfônica do Theatro Da Paz - OSTP.
Programa
CÉCILE CHAMINADE (1857-1944)
Concertino para Flauta e Orquestra, Op. 107
Flauta solo: Clara Nascimento
W. A. MOZART (1756-1791)
Sinfonia Concertante para em Mi bemol Maior, K. 297b
I. Allegro
II. Adagio
III. Andantino con Variazioni
Oboé solo: Joás Saraiva
Clarinete solo: João Marcos Palheta
Trompa solo: Fabrício Santos
Fagote solo: Samuel Rosa
F. J. HAYDN (1732-1809)
Sinfonia N° 82 em Dó Maior
I. Vivace assai
II. Allegretto
III. Menuet - Trio. Un poco allegretto
IV. Finale. Vivace assai
Serviço:
Concerto da OSTP em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, sob a regência de Maria
Antonia Jiménez
Data: 08 de março, às 20h
Local: Theatro da Paz
Os ingressos podem ser adquiridos no site ticketfacil.com.br ou na bilheteria do Da Paz a partir
das 9h da manhã do dia 08, no valor de R$ 2,00. Dois ingressos por CPF.