Série documental Favela.doc grava episódio em Belém com Maderito, ícone do tecnobrega
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Série documental Favela.doc grava episódio em Belém com Maderito, ícone do tecnobrega

A série documental Favela.doc, que desde março está rodando o Brasil para as filmagens da sua primeira temporada, desembarcou em Belém. Trazendo Maderito como personagem principal de um dos oito episódios, o projeto mergulha na história do artista para abordar o tecnobrega, ritmo paraense que tem ganhado cada vez mais destaque nas paradas de sucesso. Dirigida pela cineasta Viviane Ferreira, a produção segue em Belém até o dia 21.




No Pará, o carimbó sempre teve espaço de destaque, até por ser uma das principais contribuições do estado para a música brasileira. Nos últimos anos, no entanto, não se pode falar sobre a cena musical paraense sem citar o tecnobrega. E entre os maiores responsáveis pela difusão desse ritmo no país, e até fora dele, está Marcos Maderito, ou simplesmente Maderito.



“O público vai ver o tecnobrega raiz, sem maquiagem, a origem de onde começou esse movimento, lá no bairro da Cremação, até a atualidade. A história envolve a nossa musicalidade e eu pretendo mostrar as coisas que realmente acontecem nesse movimento: as festas de aparelhagem, o vendedor de churrasquinho de gato, os fã-clubes. A gente vai mostrar muita coisa boa que o grande público não sabe sobre o nosso tecnobrega e, principalmente, do eletromelody”, adianta Maderito.




Conhecido por seu trabalho com a lendária Gang do Eletro, que celebra uma década de carreira, preparando tour pelo Brasil, a trajetória do cantor, produtor e compositor Maderito é a base para o episódio do Favela.doc. Dentre seus trabalhos mais recentes, um dos destaques é a parceria com a artista Pabllo Vittar para o álbum "Batidão Tropical Vol. 2”. Lançado no último dia 9, o disco de 14 faixas traz uma regravação de Maderito com a cantora maranhense do sucesso de 2009 “Não desligue o telefone”, da banda Djavú.  



“Estou muito satisfeito que o nosso tecnobrega vem ganhando cada vez mais reconhecimento e sinto que estou em um momento maravilhoso da carreira. Desde 2000, quando comecei, até agora, sempre tive lutas, mas também sempre tive vitórias e estou muito feliz em ver minhas músicas tocando nacional e mundialmente, e ganhando destaque”, reflete o icônico artista.



Favela.doc faz radiografia da música periférica brasileira



Além do Pará, as gravações também têm episódios na Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Distrito Federal. Com o objetivo de fazer uma radiografia da música periférica brasileira, o Favela.doc adentra as comunidades de seis estados brasileiros, se aprofundando nas raízes do funk, trap, samba, grime/drill, R&B, pagode baiano, bregafunk e do próprio tecnobrega, por meio de personagens centrais de cada estilo e região.



Assim como adentra os universos pessoais de cada personagem, investigando suas fontes de inspiração e colaborações, o Favela.doc também pesquisa o impacto econômico desses gêneros musicais marginalizados, mas culturalmente ricos. A série retrata como a música não apenas contribui para o sustento das comunidades onde prospera, mas também estimula a economia local ao criar oportunidades de trabalho e meios de subsistência para aqueles diretamente envolvidos em sua criação e promoção.



A  série é uma coprodução do Distrito Federal e Bahia, numa parceria entre a agência Um Nome, reconhecida pela criação do festival Favela Sounds, e a Odun Filmes, responsável por produções renomadas como "Um dia com Jerusa" e "Mato Adentro". Viviane Ferreira, cineasta baiana cujo último lançamento nos cinemas foi “Ó Paí Ó 2”, em novembro de 2023, assina a direção e roteiro da obra.



O time do Favela.doc conta ainda com Melina Bomfim, responsável pelo LAB Negras Narrativas, na co-direção e assistência de direção; e os argumentos e produção executiva são dos criadores do festival Favela Sounds, Amanda Bittar e Guilherme Tavares. Fundado em 2016 e considerado um dos mais relevantes para a música do Brasil atualmente, FS é um evento gratuito que acontece na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e reúne cerca de 50 mil pessoas anualmente para acompanhar a nova música periférica do Brasil.



Cenários e personagens



Após passar por Belém, a produção segue para São Paulo, seu último destino, rumo à Baixada Santista, onde grava com o DJ Mu540 (Muzão).


Antes do Pará, a equipe fez uma parada em Recife, onde gravou com a cantora de bregafunk Rayssa Dias. A capital carioca também esteve no roteiro de gravações, com as artistas Deize Tigrona na Cidade de Deus e N.I.N.A. em Manguinhos, Taquara e Praia Vermelha. No final de março, o Nordeste de Amaralina, em Salvador, foi cenário para as filmagens com o coletivo TrapFunk&Alivio. E em 2023, o Favela Sounds, em Brasília, foi palco para dois episódios especiais, apresentando o samba através dos Filhos de Dona Maria e o R&B com o duo Margaridas.



SERVIÇO - SÉRIE FAVELA.DOC REALIZA GRAVAÇÕES EM BELÉM


Quando: 17 a 21 de abril


Onde: Belém


Personagem: Maderito


Direção: Viviane Ferreira


Assistência de Direção e Codireção: Viviane Ferreira e Melina Bomfim


Produção Executiva e Argumentos: Agência Um Nome, Guilherme Tavares e Amanda Bittar - Agência Um Nome e Favela Sounds


Direção de Produção: Carol Lacombe


Direção de Fotografia: Flávio Rebouças


Som: Marise Urbano


Direção de Arte: Amanda Lima


Assistente de Câmera e Segunda Câmera: Paula Ortiz


Loggers: Ada Regina e Aleph Pereira


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