Tuna e Festival Psica se unem em ação para a visibilidade Trans

Pessoas trans, travestis e não binárias puderam garantir ingresso de forma gratuita para o clássico entre Tuna e Paysandu, que ocorreu nesta terça-feira (28), no Estádio da Curuzu, pela terceira rodada do Parazão.

A iniciativa inédita pela inclusão de pessoas trans no futebol do Pará é uma parceria do Águia Guerreira com o Psica e a Rede Paraense de Pessoas Trans, em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro.

Ao todo, foram fornecidos 50 ingressos gratuitos distribuídos pela própria Rede para garantir que as cortesias cheguem ao público destinado. Para adquirir um ingresso, basta acessar a página da Rede Paraense de Pessoas Trans no Instagram e preencher um formulário (clique aqui).

A iniciativa demarca um momento importante entre o futebol paraense e as pessoas trans, já que fortalece o enfrentamento à violência transfóbica no esporte e aproxima essa população da modalidade que é uma paixão nacional.

O objetivo é fazer com que pessoas da comunidade trans se sintam respeitadas e acolhidas em estádios e qualquer outro evento esportivo, destaca Isabella Santorinne, presidenta da Rede Trans.

“A iniciativa transmite um compromisso do clube com a segurança e inclusão dessas vidas nos espaços do futebol de forma segura e acolhedora e acaba fazendo com que nossa população se sinta pertencente e se aproxime cada vez mais”, celebra Isabella Santorinne.

O vice-presidente da Tuna, Roberto Figueiredo, destaca que esse movimento faz parte da política da nova gestão cruzmaltina, que quer transmitir mais “respeito e inclusão” através do clube.

“Essa união entre Tuna e Psica reforça não só o futebol, mas também a parte social do time. O público paraense e os torcedores da Tuna terão, a partir de agora, uma sede com mais novidades, respeito e inclusão”, declara.

“Inclusão, diversidade e sensibilidade”, esse é o compromisso do Psica, destaca o diretor Jeft Dias, responsável pela conexão entre a Tuna e a Rede Paraense de Pessoas Trans.

“É incrível fazer a lista transfree no jogo de futebol. Dá condições das pessoas trans acessarem este espaço com dignidade, com respeito e com cuidado. Então, além de liberar o ingresso para a comunidade trans, a gente também vai ter um ponto de acolhimento e placas sinalizando que no esporte não tem espaço para transfobia”, garante. “Que sirva de exemplo para clubes do Pará e de fora”, declara Jeft Dias.