Unindo moda e música Aracê lança nova coleção dia 3 de junho em Belém
- blognewschristian
- 31 de mai.
- 2 min de leitura
O espaço Na Figueredo, em Belém, se transforma em passarela viva da Amazônia, na próxima terça, 3 de junho, a partir das 19h, quando a Aracê apresenta sua segunda coleção de camisetas. O lançamento se configura em um evento de celebração do que é autoral nas linguagens amazônicas, costuradas em tecido, voz e visualidade.
Em cena, artistas como Sonira Bandeira, Marcele Almeida e Sandrinha Eletrizante, além de Renato Torres e Gigi Furtado, que somam suas expressões ao gesto criativo de um conceito que na Aracê, nasce da floresta e se afirma como resistência poética e política.

A proposta escapa dos moldes da indústria para ganhar corpo como experiência cultural. A marca surge da inquietação das irmãs Andréa, Inês e Adriana Silveira, que atuam na área da fotografia, produção cultural e educação, respectivamente, encontrando desdobramento no diálogo com artistas e criadores que compartilham o desejo de narrar a Amazônia para além do folclore.
“Não estamos falando apenas de camisas, mas de narrativas gráficas que educam, provocam e pertencem. A gente quer comunicar a Amazônia a partir de dentro, com respeito aos saberes ecom a ousadia da arte”, afirma Adriana.
Na trilha da criação estão os artistas visuais Zélio e Thalis, que dão forma às estampas,
alimentando-se de grafismos indígenas, cores da biodiversidade e memórias ancestrais. “Nos interessa essa Amazônia que se move, que não é paisagem, mas linguagem. Que se inscreve na pele, no gesto e na ideia”, pontua Zélio, que faz parte do núcleo artístico da marca.
A articulação para que essas potências se encontrem vem da produtora Inês Silveira, que
idealizou o evento como um espaço de encontro entre diferentes formas de pensar e expressar o território. “A Amazônia não pode mais ser tratada como produto exótico. O que a gente quer é provocar um outro olhar — de dentro, de pertencimento, de continuidade.

No palco, o músico e compositor Renato Torres apresenta canções de um repertório inédito
que ele vem desenvolvendo em conexão com a ancestralidade afro-indígena e a relação com a natureza. “Essa é uma oportunidade de dizer, com som e corpo, que a cultura do Norte é forte, complexa e verdadeira. Moda, poesia, música — tudo isso está junto quando a gente acredita no que faz, e faz daqui pra dentro”, reflete Renato.
A cantora Gigi Furtado, que também integra a programação, acompanhada pelo músico JP Pires, destaca o simbolismo da vestimenta como extensão da expressão artística. “O figurino é a voz oculta do espetáculo. Vestir uma peça inspirada na Amazônia é assumir um lugar, uma fala. Moda e música, quando caminham juntas, têm o poder de emocionar e de marcar uma presença que é estética e política”, diz a artista.

O lançamento da nova coleção da Aracê propõe, assim, uma experiência imersiva e afetiva, em que cada estampa é uma história e cada som é um eco do território. Entre bordados, beats e pertencimento, a noite do dia 3 de junho promete ser um manifesto de beleza e verdade amazônica — para vestir, escutar e sentir.
Serviço
Lançamento Aracê, 2a coleção.
Na terça feira, 3 de junho, às 19h
Espaço Na Figueredo -Av. Gentil Bittencourt, 449.
Mais informações: @arace_amazonia


















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